Sábado, 30 de maio de 2020

(At 28,16-20.30-31; Sl 10[11]; Jo 21,20-25) 

7ª Semana da Páscoa.

“Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: ‘Senhor, o que vai ser deste?’” Jo 21,21.

“Tendo partido com o Senhor e vendo que o seu amigo os seguia, perguntou a Jesus qual seria o futuro do seu jovem amigo. Jesus responde de modo enigmático, que deve ter sido acompanhado de um sorriso, lançado como amável desafio. Ele? Se Eu não quiser que ele deixe de viver? Era a predição de uma grande longevidade. Repetida aos discípulos, as palavras de Jesus foram tomadas à letra; com o tempo e à medida que a predição se realizava, semelhante interpretação poderia tornar-se perigosa; João pretende remediá-la com aquele seu ‘correu o boato’. Sendo muito velho, o único sobrevivente do Colégio Apostólico, conhecido e respeitado em todas as Igrejas, havia o perigo de ser imortal. Além disso, poderia ser considerado por muitos como um anúncio vivo da próxima Parusia: em certos meios, os espíritos estavam muito excitados por esta expectativa; a longevida de João podia contribuir para exercitar e levar ao erro estes espíritos que ligavam, nas palavras do Senhor, esta longevidade à ideia da grande volta. Finalmente, uma vez entrados neste caminho, os cristãos podiam prestar a João um culto supersticioso; este último desvio era aos olhos do Apóstolo o pior de todos: João não quer que se enganem a este ponto. Por isso, ele esclarece as palavras que foram ditas. E tão bem o fez que à sua morte, ninguém estranhou ou foi tentado a cortar aquelas palavras do evangelho. João respeita o enigma, pois veio do Senhor, mas refuta a lenda segundo a qual o discípulo amado não devia morrer ou devia sobreviver até à Parusia. O Senhor virá, sem a menor dúvida” (P. R. Bernard – O Mistério de Jesus – Livraria Sampedro Editora). 

 

Santo do Dia:

Santa Joana D’Arc, virgem. Nascida em 1412 de uma família camponesa de Domrémy no nordeste da França. Morreu aos 19 anos em 30 de maio de 1431. Aos treze anos alegava receber visões divinas do arcanjo Miguel, de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra.  Entre todas as histórias dos santos a de Joana D’Arc está sem dúvida entre as mais extraordinárias e incríveis: uma jovem camponesa e inculta, à frente de um exército derrota um poderoso exército, vence os fortes, coroa um rei e acaba morrendo numa fogueira, tudo isso num período de dois anos. Acontecimentos conexos com a história de uma nação inteira, com um colorido de fortes tintas patrióticas e místicas.  Foi canonizada em 1920. É atualmente uma das nove padroeiras da França. Ela permanece uma figura popular no país e no mundo, sendo retratada em inúmeras peças de literatura, pinturas, esculturas e outras formas de arte.

Pe. João Bosco Vieira Leite