(At 28,16-20.30-31; Sl 10[11]; Jo 21,20-25)
7ª Semana da Páscoa.
“Quando Pedro viu
aquele discípulo, perguntou a Jesus: ‘Senhor, o que vai ser deste?’” Jo 21,21.
“Tendo partido com o
Senhor e vendo que o seu amigo os seguia, perguntou a Jesus qual seria o futuro
do seu jovem amigo. Jesus responde de modo enigmático, que deve ter sido
acompanhado de um sorriso, lançado como amável desafio. Ele? Se Eu não quiser
que ele deixe de viver? Era a predição de uma grande longevidade. Repetida aos
discípulos, as palavras de Jesus foram tomadas à letra; com o tempo e à medida
que a predição se realizava, semelhante interpretação poderia tornar-se
perigosa; João pretende remediá-la com aquele seu ‘correu o boato’. Sendo muito
velho, o único sobrevivente do Colégio Apostólico, conhecido e respeitado em
todas as Igrejas, havia o perigo de ser imortal. Além disso, poderia ser
considerado por muitos como um anúncio vivo da próxima Parusia: em certos
meios, os espíritos estavam muito excitados por esta expectativa; a longevida
de João podia contribuir para exercitar e levar ao erro estes espíritos que
ligavam, nas palavras do Senhor, esta longevidade à ideia da grande volta.
Finalmente, uma vez entrados neste caminho, os cristãos podiam prestar a João
um culto supersticioso; este último desvio era aos olhos do Apóstolo o pior de
todos: João não quer que se enganem a este ponto. Por isso, ele esclarece as
palavras que foram ditas. E tão bem o fez que à sua morte, ninguém estranhou ou
foi tentado a cortar aquelas palavras do evangelho. João respeita o enigma,
pois veio do Senhor, mas refuta a lenda segundo a qual o discípulo amado não
devia morrer ou devia sobreviver até à Parusia. O Senhor virá, sem a menor
dúvida” (P. R. Bernard – O Mistério de Jesus – Livraria
Sampedro Editora).
Santo do Dia:
Santa Joana D’Arc, virgem. Nascida em
1412 de uma família camponesa de Domrémy no nordeste da França. Morreu aos 19
anos em 30 de maio de 1431. Aos treze anos alegava receber visões divinas do
arcanjo Miguel, de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a
ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da
Inglaterra. Entre todas as histórias dos santos a de Joana D’Arc está sem
dúvida entre as mais extraordinárias e incríveis: uma jovem camponesa e
inculta, à frente de um exército derrota um poderoso exército, vence os fortes,
coroa um rei e acaba morrendo numa fogueira, tudo isso num período de dois
anos. Acontecimentos conexos com a história de uma nação inteira, com um
colorido de fortes tintas patrióticas e místicas. Foi canonizada em 1920.
É atualmente uma das nove padroeiras da França. Ela permanece uma figura
popular no país e no mundo, sendo retratada em inúmeras peças de literatura,
pinturas, esculturas e outras formas de arte.
Pe. João Bosco Vieira Leite