Quarta, 13 de maio de 2020

(At 15,1-6; Sl 121[122]; Jo 15,1-8) 

5ª Semana da Páscoa.

“Eu sou a videira, e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito;

porque sem mim nada podeis fazer” Jo 15,5.

“A fé em Jesus significa mais que uma adesão à sua pessoa e à sua causa. A fé implica uma comunhão de vida com Jesus. Por isso ela funda uma comunidade com Jesus. É semelhante à comunhão que vigora entre a videira e os ramos. Os ramos cortados da videira não possuem vida independente. Sem a ligação com a videira perdem a seiva e sem a seiva o viço e a vida. Algo semelhante ocorre conosco e com Jesus. Sem Ele, estamos desgarrados e deixados à nossa própria sorte, nada podemos fazer de verdadeiramente duradouro. Unidos a Ele temos em mão um mapa com o qual orientamos nossa caminhada por este mundo e bebemos de uma água que nos revitaliza continuamente. Pela encarnação e pela ressurreição Jesus se faz presente em toda a humanidade. Todos são alcançados a partir de seu íntimo, lá onde estão as energias secretas que inspiram a vida, dão-lhe direção e mantém sempre aberta a perspectiva da esperança. A maioria das pessoas não sabe desta fonte originária. Mesmo estando na sala cheia de luz que ilumina todos os objetos, nem todos se dão conta do sol lá fora, invisível, causa de toda luz. Assim é com o Cristo cósmico e com o Espírito criador agindo juntos em toda a massa humana e no curso da história. Nós cristãos tiramos essa força secreta do anonimato e a chamamos pelo seu verdadeiro nome: é Jesus Cristo e seu Espírito Santo. – Oh Deus, que possamos conhecer a força vital do Cristo e do Espírito presentes em toda a humanidade e na vida de cada pessoa. Dá-nos o destemor de anuncia-los com seu verdadeiro nome para que possam ser louvados e glorificados pelos imensos benefícios que, anonimamente, nos fazem. Amém (Leonardo Boff – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Nossa Senhora de Fátima – No dia 5 de maio de 1917, durante a primeira guerra mundial, o papa Bento XV convidou os católicos do mundo inteiro para se unirem em uma cruzada de orações para obter a paz com a intercessão de Nossa Senhora. Oito dias depois a Beatíssima Virgem dava aos homens a sua resposta, aparecendo a 13 de maio a três pastorinhos portugueses, Lúcia de 10 anos, Francisco de 9 anos e Jacinta de 7 anos. A Senhora marcou com eles encontro naquele mesmo lugar, um lugar espaçoso e descampado denominado Cova da Iria, para o dia 13 de todo mês, até que o segredo ‘vazou’ e eles já não estavam mais sozinhos. No dia 13 de agosto foram levados ao cárcere, polêmicas sobre as aparições, e não puderam se encontrar com a Virgem. A 13 de outubro, último encontro, setenta mil pessoas lotavam o lugar das aparições e foram testemunhas do milagre anunciado: o sol parecia mover-se medrosamente, como se estivesse para destacar-se do firmamento, crescendo entre as chamas multicores. A Virgem pedia a oração diária do terço e orações e sacrifício pelos pecadores, luta contra o pecado e orações pelo fim da guerra. 

 Pe. João Bosco Vieira Leite