Segunda, 30 de setembro de 2019


( Zc 8,1-8; Sl 101[102]; Lc 9,46-50) 
26ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus disse-lhe: ‘Não o proibais, pois quem não está contra vós está a vosso favor’” Lc 9,50.

“Após vermos a barbárie das brigas em campos de futebol, sentimos que as coisas se encaminham para o confronto ou, como se diz no Rio Grande do Sul, para a ‘grenalização’ da sociedade: quem não estiver comigo está contra mim. A síndrome da oposição também se verifica na Cristandade, e não é de hoje. No Novo Testamento vemos disputas como a relatada pelo texto em que uma pessoa, fora do grupo dos seguidores próximos de Jesus, expelia demônios, o que indignou João a ponto de proibi-lo. Vemos também confronto entre os discípulos. Mais tarde, entre Paulo e Pedro, entre Paulo e Barnabé, e assim por diante. Se nos reportamos à história da Igreja até hoje, veremos que a oposição acontece não só no âmbito interdenominacional, mas também no intradenominacional. Como cristãos, somos ba-vi, atle-tiba, fla-flu com direito a guerra de torcida e tudo. As palavras de Jesus, porém, nos chama à compreensão, ao entendimento e à cooperação. Os cristãos, espalhados pelo mundo, ao invés de se odiarem e caminhar como que por raias instransponíveis, através de bretes infindáveis, deveriam unir-se, discutir em tom brando suas diferenças e, abraçados, pregar o Evangelho de Cristo. Esse é o verdadeiro ecumenismo. Muitos abominam até a palavra em razão de lhes soar como indiferença em relação a verdades bíblicas fundamentais (o que, evidentemente, pode ter sido um fato), mas é claro também que o ecumenismo descobriu que muitos cristãos diziam a mesma coisa, mas com outras palavras, o que, naturalmente, gerava desconfiança mútua. Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo, pois, que nos dê o seu espírito para sermos autenticamente ecumênicos. – Senhor Jesus, faze-nos amar os irmãos na fé, que nem sempre se expressam como nós, pois teu sangue também foi derramado por eles, a fim de, em perfeito amor, todos conjugarem seus esforços para a evangelização dos povos. Amém (Martinho Lutero Hoffmann – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).  

 Pe. João Bosco Vieira Leite

26º Domingo do Tempo Comum – Ano C


(Am 6,1a.4-7; Sl 145[146]; 1Tm 6,11-16; Lc 16,19-31).

1. A voz de Amós retorna nesse domingo. Se anteriormente ele condenava a corrupção, as injustiças sociais e a segurança ilusória dos ritos sagrados, hoje ele se mostra bastante severo com os chefes e às pessoas notáveis, causadores da ruina da nação. Como castigo, serão os primeiros a ser levados para o Exílio.

2. Entre a ameaça do início e o Juízo Final está contida tragicamente a desconcertante irresponsabilidade dos nobres e dos chefes do povo. Em contraste a tudo isso está o rosto misericordioso de Deus que faz justiça aos pobres que aparece em nosso salmo e nos prepara ao evangelho.

3. Concluímos a leitura da 1ª Carta a Timóteo com as exortações paulinas ao seu dileto discípulo, convidando-o a fugir de tudo aquilo que não constrói um verdadeiro homem de Deus. Para isso deve cultivar as virtudes que o ajudarão no combate da fé que trava para conquistar a vida eterna. Paulo faz sua exortação de modo firme e convincente da necessidade de um posicionamento na vida cristã.

4. As mensagens das parábolas não são condicionadas pelo tempo. Elas conservam uma surpreendente atualidade. Assim, retomamos a reflexão sobre a realidade da pobreza e da riqueza não compartilhada. Ainda que Deus seja capaz de inverter a sorte de uns e outros, isso não significa da nossa parte não fazer nada.

5. Mais uma parábola que só encontramos em Lucas, com ela, Jesus nos adverte do engano escondido nos bens deste mundo, usados egoística e irresponsavelmente. Mais uma vez ele afirma do perigo de colocarmos nossa confiança nas riquezas. Elas não nos podem salvar.

6. Assim Lucas nos narra um clássico de todos os tempos, que se repete de modo cruel em todos os cantos do mundo: um rico orgulhoso e esbanjador que não presta atenção ao próximo. Do outro lado temos o pobre e faminto Lázaro. Entre os dois existe uma distância incomensurável, um abismo que os atinge até na eternidade.

7. Lucas exemplifica aqui essa inversão total do projeto divino sobre o mundo já anunciado por Maria no Magnificat e em outras parábolas. O rico se dá conta da absoluta vaidade e corrupção da sua vida passada, tanto iníqua como frágil, incapaz de salvar a sua vida e a do próximo.

8. A riqueza pode fascinar e enganar; a única coisa capaz de nos libertar é a Palavra de Deus, pois ilumina e transforma o coração para nos revelar o verdadeiro sentido dos bens desse mundo.

9. Sabemos da atualidade desta página, às vezes muito próxima de nós; sabemos da acumulação indevida e escandalosa de riquezas por parte de poucos perante uma pobreza generalizada e trágica que coloca sempre em crise as relações de convivência entre indivíduos e nações.

10. Aqui também somos lembrados da necessidade de “lançar pontes sobre os abismos que nos separam antes que se tornem precipícios de falta de comunicação e de conflitos irreparáveis” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).

11. O pobre, em sua insegurança só tem o Senhor, mas enquanto ele não estiver de modo pleno em Deus, não podemos descuidar de nossa solidariedade, e de nossa luta, pela compreensão que temos da finalidade dos bens terrenos.       

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sábado, 28 de setembro de 2019


(Zc 2,5-9.14-15; Sl Jr 31; Lc 9,43-45) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender;
e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto” Lc 9,45b.

“Nem sempre os discípulos compreendiam Jesus. As palavras do Mestre, muitas vezes, pareciam-lhe enigmáticas. Imagino os discípulos conversando entre si: O que Ele quis dizer com isso? O que Ele está pensando? (cf. Mc 9,9-10; Jo 10,6; 16,16-18). No texto de hoje (Lc 9,44b-45), temos mais um exemplo dessa incompreensão dos discípulos. Jesus falava-lhes das perseguições que Ele sofreria, ou da morte que poderia atingi-lo, como havia atingido João Batista. Talvez Jesus estivesse pensando que o seu destino seria parecido com o destino de outros profetas, que também haviam sido perseguidos. O fato é que, novamente, os discípulos não o compreenderam. A incompreensão tinha a ver com as expectativas que os discípulos depositavam em Jesus. Como tantas outras pessoas daquela época, os discípulos imaginavam um messias poderoso e vitorioso. Foi o que aconteceu com Pedro (Mt 16,21-23), com Tiago e João (Lc 9,53-54) e com os discípulos de Emaús (Lc 24,18-21). Eles não imaginavam um messias pobre (Zc 9,9-10), servo e sofredor (Is 53). E foi por isso que Jesus os repreendeu (Mt 16,23; Lc 24,25-27) e os corrigiu (Mc 8,38), pois aquelas altas expectativas os impediam de reconhecerem a verdadeira missão de Jesus. Nós também temos as nossas expectativas em relação a Jesus, ou algumas ideias prontas a respeito dele – ideias que chegaram até nós de muitas maneiras e através de muitas pessoas. E por isso dizemos: faz bem revisar essas ideias e expectativas de vez em quando, pois pode ser que algumas delas estejam atrapalhando nossa caminhada com Jesus. E podemos revisar nossas ideias participando de algum curso ou círculo bíblico, ou trocando ideias com outras pessoas interessadas no assunto. Quando fazemos isso, percebemos que temos muito a aprender. – Senhor, ajuda-me a conhece-lo e servi-lo. Amém (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 27 de setembro de 2019


(Ag 1,15—2,9; Sl 42[43]; Lc 9,18-22) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Mas Jesus perguntou: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus’”. Lc 9,20.

“Um protestante negro que é meu amigo disse-me que, quando Jesus se mostrou real para ele pela primeira vez, na adolescência, entrou sorrateiramente na sua classe da faculdade antes do início das aulas e escreveu no quadro-negro com letras garrafais: JESUS CRISTO É A RESPOSTA! Mais tarde, quando voltou, descobriu que outra pessoa escrevera embaixo de sua frase: CERTO, MAS QUAL É A PERGUNTA? ‘Certo’, pensou ele, ‘qual é a pergunta?’ Com o passar do tempo, meu amigo descobriu que não existe apenas uma pergunta. A vida pergunta quando podemos amar, quanto prazer podemos ter, quanto podemos suportar. A vida nos pede para distinguir entre o que é realmente importante e o que não é. A vida nos pede para exercitar nossa capacidade julgar conscienciosamente. Mas talvez a questão mais profunda apresentada pela vida seja a do significado e do sentido. Precisamos acreditar que nossa vida faz diferença para alguém ou para alguma coisa. ‘Que significa tudo isso Alfie?’ Claro que não existe resposta patenteadas e simples que saem de máquinas automáticas. Rainer Maria Rilke, o poeta alemão, aconselha-nos a ter paciência com tudo que não foi resolvido em nosso coração. Sugere que devemos aprender a amar as próprias perguntas enquanto procuramos e esperamos as respostas. Meu amigo protestante, que agora já está velho, diz que hoje sabe muito mais sobre as muitas perguntas feitas pela vida. A vida o tem questionado a respeito de valores e prioridades, de sua visão de seus sonhos, de sua coragem e de sua capacidade de amar. ‘Mas’, disse-me ele, olhando acima dos óculos, ‘a todas as perguntas que a vida faz, JESUS CRISTO É A RESPOSTA!’” (John Powell – As Estações do Coração – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite

Quinta, 26 de setembro de 2019


(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Então Herodes disse: ‘Eu mandei degolar João. Quem é esse sobre quem ouço falar essas coisas?’
e procurava ver Jesus” Lc 9,9.

“Podemos também colocar-nos a pergunta de Herodes no evangelho: ‘Quem é para mim Jesus Cristo?’ Vemo-l’O frequentemente como um modelo a imitar. Mas reparamos que é um modelo altíssimo, inacessível para as nossas débeis forças humanas. Com efeito, quem poderá amar como Ele amou? Então, pensamos talvez que o Cristianismo é na realidade uma religião para pessoas particularmente dotadas no espírito, mas não para quem todos os dias deve combater as suas fraquezas em casa, no trabalho, nos estudos. [...] Porventura, descobrimos que – como Herodes – não conhecemos quem é Jesus verdadeiramente. Então, o único caminho para o conhecermos é o da fé. [...] Acerca das perguntas que dizem respeito à identidade de Jesus, como acerca das perguntas fundamentais da vida, corre-se um risco enorme: fecharmo-nos a procurarmos sozinhos, sem diálogo com os outros, as nossas respostas. A vida numa comunidade cristã, pelo contrário, ajuda no encontro com os irmãos e irmãs que nos podem dar uma mão. Naturalmente ninguém pode substituir-nos, mas é importante que não façamos perguntas a nós mesmos e encontremos respostas, sempre voltados para nós próprios como, afinal, fez Herodes; assim arriscamo-nos a decapitar a verdade ou que nos fala dela. – Senhor Deus, fonte de vida e Senhor do tempo, ensina-nos a aceitar a precariedade da nossa vida como convite a descobrirmos nas nossas comunidades o Rosto do vosso Filho Jesus Cristo, caminho, verdade e vida” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite

Quarta, 25 de setembro de 2019


(Esd 9,5-9; Sl Tb 13; Lc 9,1-6) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a boa-nova
e fazendo curas em todos os lugares” Lc 9,6.

“Os doze discípulos de Jesus ouviam as palavras do Mestre o observavam suas obras excepcionais. Volta e meia perguntavam por que não haviam compreendido um ensinamento ou uma atitude. Eram alunos. E, por isso, também discutiam, ou com o próprio Jesus ou entre si. Afinal, tinham interesses pessoais. Pouco a pouco, porém, o Mestre ia moldando-os para serem continuadores da sua missão. O momento acima descrito foi uma, por assim dizer, aula prática. Eles deviam sair, pregando a Boa-nova e curando. A questão que se levanta para nós hoje: O que eles entendiam por Boa-nova? Hoje, Boa-nova, grosso modo, mais ou menos se resume no Credo apostólico, onde confessamos a figura de Jesus como o Cristo e Filho de Deus, como aquele que morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. Mas Jesus ainda não havia morrido, e nem havia muita clareza quanto à natureza do próprio Jesus. Qual, então, o teor da pregação deles? Suponho que tenham pregado o novo tempo do Reino de Deus, o cumprimento da promessa da vinda daquele que fora prometido, de um tempo de clareza quanto ao perdão oferecido por Deus. E, para exemplificar esse novo tempo, curavam os doentes. Embora as curas não fossem essenciais na concepção da Boa-nova, elas eram um lampejo desse novo tempo, pois algo extraordinário estava acontecendo. De qualquer forma, esse protoevangelho tinha Jesus Cristo como centro, como essência da própria pregação.  – Senhor Jesus, graças te damos por não permitires nas tuas aulas práticas um rascunho mal feito. A essência do teu Evangelho estava ali: Tu, com a tua graça e bondade. Não permitas que nós, com o evangelho completo, escrito, nos afastemos da essência. Amém. (Martinho Lutero Hoffmann – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).     

Pe. João Bosco Vieira Leite


Terça, 24 de setembro de 2019


(Esd 6,7-8.12.14-20; Sl 121[122]; Lc 8,19-21) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus
e a põem em prática’” Lc 8,21.

“Jesus apresentou outro critério para indicar quem faz parte da sua família (Lc 8,19-21). Em momento algum, ele quis desprezar seus parentes; quis apenas reforçar a sua compreensão de família, de comunidade; uma compreensão mais profunda e exigente. Para o Mestre, os critérios que unem uma comunidade podem e devem ir além dos laços sanguíneos. Podem, até mesmo, ir além dos critérios étnicos, religiosos, culturais. É preciso lembrar de que Jesus, embora fosse judeu, estava sempre disposto ao relacionamento com pessoas de outras culturas e localidades. Ele não tinha medo de estranhos e estava sempre aberto ao diálogo. Contra a tendência do fechamento e do isolamento (Jo 4,9), Jesus praticava e incentivava a cultura de aproximação, da comunhão. Queria que os discípulos rompessem com uma cultura de segregação; queria que os discípulos compreendessem que, para além dos critérios humanos – o idioma, a religião, a cor da pele, o sangue etc. -, fazemos parte de uma única e mesma família, somos filhos e filhas de um mesmo Deus, e o nosso único desejo deveria ser o de fazer a vontade do Pai celeste. Quando penso nas muitas formas de isolamento e separação existentes nos dias de hoje; quando penso em nossas cidades cada vez mais divididas; quando penso nas centenas de condomínios, que surgem a cada dia, nos inúmeros e diferentes confrontos sociais que acontecem em todos os lugares deste mundo, entendo que tudo isso são apenas reflexos de uma separação mais profunda e invisível que vem afetando nossas vidas. Estamos nos dividindo e a tendência é que isto só faça crescer o medo e estranhamento. E não deveria ser assim; na raiz da nossa fé encontra-se um Deus que é Trindade, que é Comunhão, e que nos convida a viver unidos no amor. – Ó Trindade Santa! Ajuda-nos a vencer todas as formas de divisão. Desperta em nós, cada dia mais, o desejo maior de viver e crescer em comunhão. Amém (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Segunda, 23 de setembro de 2019


(Esd 1,1-6; Sl 125[126]; Lc 8,16-8) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa será dado ainda mais;
e àquele que não tem será tirado até mesmo o que ele pensa ter” Lc 8,18.

À primeira vista, este trecho do evangelho parece-nos paradoxal, injusto e, até mesmo, louco. Como se pode dar mais a quem já tem e tirar de quem não tem? Seria o cúmulo da injustiça! A muitos foi dada a grande inteligência, rapidez de raciocínio, memória privilegiada, saúde perfeita, compreensão larga, dons carismáticos, e até ótimas oportunidades de desenvolvimento. A estes, que receberam tanto, graças que não dependem deles, que não são fruto de seu trabalho e de sua luta, mas única e exclusivamente da misericórdia divina, muito lhes será dado em responsabilidade, em sacrifício, em renúncia, em altruísmo. Este ‘será dado’ implica ‘será pedido’ e, como Deus nos deu o livre-arbítrio, aceitaremos ou não a ‘dádiva’ extra. Jesus nos chama a atenção para usarmos bem todas as graças que o Criador nos concedeu e, mais do que tudo, a graça da própria vida. Como, também, nos lembra que os ímpios, aqueles que colocaram nos bens materiais todo o seu coração, todo o seu vigor intelectual e toda a sua capacidade de luta, já receberam, aqui, a sua recompensa. E tantos, cheios de riqueza interior e pobres de bens terrenos, pensando-se, tantas vezes, injustiçados, terão, nas moradas eternas, a recompensa que lhes faltou em vida. Às vezes, é muito duro para estes esperar por esta recompensa. Às vezes, a noite do sofrimento lhes parece eterna e a justiça divina tão longínqua! (...) entretanto, mesmo titubeando em algumas ocasiões, o que é natural, por causa de nossa natureza humana, segurando firme na mão de Deus, acreditando, sinceramente, nas promessas do Cristo, rapidamente esta caminhada os levará ao reino eterno, onde lhes espera a glória e a bem-aventurança. – Pai, eu que tanto recebi de vossa misericórdia, possa distribuir, de coração e de graça, todas as bênçãos com que me cumulastes! E tende piedade, ó Pai, dos pobres que se consideram ricos! Abri-lhes os olhos e o coração para verdade. Amém  (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite

25º Domingo do Tempo Comum – Ano C

(Am 8,4-7; Sl 112[113]; 1Tm 2,1-8; Lc 16,1-13).

1. Riqueza e pobreza são temas importantes no Evangelho de Lucas. Se a pobreza é uma das condições fundamentais para a colher a salvação de Deus, a riqueza não partilhada constitui um grande obstáculo a esta.

2. Nesse espírito acolhemos a voz de Amós que se levanta contra aqueles que exploram os pobres e que não temem a Deus, pouco se importando com os preceitos religiosos. Ele vê uma relação entre essas duas realidades. Há também uma crítica à religião formal e exterior, capaz de conviver com violências e injustiças.

3. Deus não é indiferente a tudo isso e pode tornar-se um juiz extremamente severo. Mas seu objetivo não é punir ou vingar-se, mas restabelecer a justiça, conforme reza em louvor o nosso salmista.

4. A carta a Timóteo que estamos acompanhando traz um outro tema que é a oração, aqui caracterizada pelo seu tom universalista, que inspirou as preces que fazemos em nossas celebrações, sem esquecer a ação de graças que caracteriza nosso encontro dominical.

5. A leitura do nosso evangelho requer um certo cuidado em sua aparente contradição com a proposta de Jesus. A narrativa não tem por fim aprovar o comportamento do administrador, aqui claramente chamado de ‘desonesto’ e visto com ‘filho deste mundo’, mas chamar a atenção dos ‘filhos da luz’.

6. O evangelho nos diz que temos algo a aprender com eles: estar atentos, sermos ‘espertos’ e criativos, colocar nossos talentos a serviço dos pobres, que serão nossos ‘amigos’ junto de Deus, pois servir a um desses pequeninos, diz Jesus, é servir a Ele mesmo; assim percebemos um pouco o jogo de intenções.

7. Assim nós podemos entender a crítica do profeta entre o servir a Deus, dispondo com sabedoria os seus bens, ou deixando de lado Deus e a vida eterna. Aqui retorna a temática da ilusão das riquezas e do necessário desapego que Jesus insiste na formação dirigida aos discípulos ao longo do caminho.

8. “Administrador” é palavra chave para entendermos que nada nos pertence de maneira absoluta. Deus é o rico Senhor que tudo colocou à nossa disposição, cabe a nós dispô-las conforme os projetos divinos. O risco é desperdiçarmos os bens que nos foram confiados.

9. A proposta de Evangelho para corrermos atrás do prejuízo, caso não tenhamos sabido administrar os bens incluindo os pobres desse mundo, é nos tornando misericordiosos, sabermos perdoar as dívidas, aliviar a carga do próximo. Eis o caminho que nos salva. Quem tem ouvido para ouvir, ouça.

Pe. João Bosco Vieira Leite

Sábado, 21 de setembro de 2019


(Ef 4,1-7.11-13; Sl 18[19A]; Mt 9,9-13) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: ‘Por que vosso mestre como com os cobradores de impostos e pecadores?” Mt 9,11.

“A boa nova do Evangelho consiste precisamente nisto: no oferecimento da graça de Deus ao pecador! Em outra passagem, na célebre parábola do fariseu e do publicano que chegaram ao templo para rezar, Jesus aponta até um publicano anônimo como exemplo apreciável de humilde confiança na misericórdia divina: enquanto o fariseu se orgulha de sua própria perfeição moral, ‘o publicano... nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ E Jesus comenta: ‘Eu declaro a vocês: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se exalta, será humilhado, e quem se humilha, será exaltado’ (Lc 18,13-14). Na figura de Mateus, portanto, os Evangelhos nos propõem um verdadeiro e particular paradoxo: quem está aparentemente mais afastado da santidade pode converter-se num modelo de acolhimento da misericórdia de Deus e fazer ver seus efeitos maravilhosos em sua própria existência. Em relação a isto, São João Crisóstomo faz uma observação significativa: observa que somente se alude à ocupação na narração de algumas poucas vocações. Pedro, André, Tiago e João são chamados enquanto estão pescando e Mateus enquanto está arrecadando impostos. Trata-se de uma atividade de pouca importância – comenta Crisóstomo -, ‘já que não há nada mais detestável que o tributo nem mais comum que a pesca’ (In Matth. Hom.: PL 57, 363). O chamado de Jesus chega também a pessoas de baixo nível social, enquanto estão entretidas em seu trabalho diário” (Bento XVI – Os Apóstolos e os primeiros discípulos de Cristo – Planeta)    

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 20 de setembro de 2019


(1Tm 6,2-12; Sl 48[49]; Lc 8,1-3) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Quem ensina doutrinas estranhas e discorda das palavras salutares de nosso Senhor Jesus Cristo
e da doutrina  conforme à piedade é um obcecado pelo orgulho,
um ignorante que morbidamente se compraz em questões e discussões de palavras” 1Tm 6,3-4.

“Destacaríamos neste versículo três partes. A primeira fala  ‘quem ensina doutrinas estranhas e discorda das palavras do Nosso Senhor Jesus Cristo’. Em momento algum do evangelho Jesus proíbe estudar doutrinas filosóficas. Entretanto, entre estudar alguma coisa e adotar ou ensinar, discordando das palavras de Jesus, vai uma grande distância. Outra parte que destacaríamos é: ‘doutrina conforme à piedade’. O que é piedade? É o amor, o perdão, a compaixão, a empatia. Qualquer filosofia, pois, que adotemos, e que seja contrária a estas virtudes, está fora do Cristianismo. A última parte do versículo ‘é obcecado pelo orgulho, um ignorante que se compraz morbidamente em questões e discussões de palavras’ nos alerta para uma tentação muito grande e comum: nos consideramos ‘donos da verdade’. Aquele que tem a paciência de escutar o seu próximo, mesmo quando diverge dele, porque se considera superior, no sentido de que pensa abraçar a verdade, enquanto o outro é um ‘pobre coitado’, que ainda não descobriu o ‘caminho da verdadeiro’, não é senão um orgulhoso, arrogante e ignorante. Porque podemos ser fiéis às nossas crenças e aos nossos valores, sem, no entanto, desprezar os nossos irmãos que abraçam crenças e valores diversos. Mesmo os maus, os céticos, os egoístas, respeitam as pessoas bondosas, retas, íntegras, compreensivas, complacentes e amorosas. E ninguém tolera aqueles que vivem a pregar sermões, a apontar erros e a alardear o seu ‘caminho verdadeiro’. – Pai de Infinita Bondade, dai-nos a força de, num mundo adverso, conservar-nos no Caminho de Cristo, sem jamais desconsiderar aqueles que trilham outras veredas. Enchei os nossos corações de piedade e complacência. Amém (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite

Quinta, 19 de setembro de 2019


(1Tm 4,12-16; Sl 110[11]; Lc 36-50) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza” 1Tm 4,12.

“Pessoas maduras, balançando a cabeça, lembram-se das bobagens feitas na juventude: impetuosidade, pressa de concertar tudo de uma vez, timidez e, sobretudo, falta de experiência. No trata com as pessoas mais velhas fica estampado claramente o último aspecto. Muitas vezes, o jovem, caldo, seria um filósofo, conforme o ditado latino, ou ainda, conforme Romário ao se referir a Pelé (já nada jovem), um poeta. No caso de Timóteo, porém, o problema não eram as possíveis cabeçadas que ele, jovem, poderia cometer: era o conceito que os mais velhos poderiam ter sobre ele. Também isto é verdade: pessoas mais velhas podem não aceitar a exortação de alguém mais jovem mesmo estando esse jovem absolutamente certo. Ora, numa sociedade, como a antiga, sem grandes mutações comportamentais ou tecnológicas, os velhos eram mais considerados porque detinham os conhecimentos, e os jovens eram sempre os aprendizes. Imaginem, então, um jovem em destaque dentro de uma congregação cristã (...). Por isso, o Apóstolo Paulo se volta para o pupilo Timóteo, exortando-o a se tornar modelo para todos os fiéis nas virtudes cristãs fundamentais. Isso, é claro, não o impedia de ser jovem e agir como tal. Vemos hoje em dia como é salutar haver líderes jovens dentro das igrejas. Igrejas assim vibram de alegria, cantam com entusiasmo e transpõe sua fé para fora das paredes dos templos. O ser jovem é uma bênção, mas só pode sê-la se houver no seu comportamento retidão no falar e viver calcados na fé e no amor. – Senhor, dá aos jovens a maturidade da fé e aos velhos a novidade do amor e do respeito para com os jovens que estão no corpo de Cristo. Pedimos-te isso para o teu evangelho ser distribuído igualmente em qualquer idade com a mesma graça e amor. Amém (Martinho Lutero Hoffmann – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite

Quarta, 18 de setembro de 2019


(1Tm 3,14-16; Sl 110[111]; Lc 7,31-35) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos” Lc 7,35.

“Seu modo de viver revelava que era um sábio, mas não de uma sabedoria adquirida em livros ou em academias. Aprendera com a família, com os amigos e vizinhos. Aprendera com a natureza, observando a rotina dos animais, o germinar e o crescer das sementes. Tinha um olhar aguçado, ouvidos atentos. Conhecia miséria e a dor do seu povo, o trabalho duro, o cansaço, as pequenas alegrias, a esperança de dias melhores. Nada escapava aos seus sentidos – palavras, gestos, olhares, sentimentos e emoções, lágrimas e sorrisos – e tudo meditava em seu coração. Dia a dia, silenciosamente, aprendia mais e mais. Crescia em graça e sabedoria (Lc 2,40.52). Conheceu as tradições do seu povo, as orações e os cantos, a lei e os Profetas. Aprendeu com os pais a temer e amar a Deus e também a prezar pela vida dos seus semelhantes. Aprendeu também com eles o que era a misericórdia e compaixão. Cresceu acreditando no amor de Deus e na conversão dos seres humanos (Sb 12,15-22). Para os cristãos a sabedoria divina tem um nome: Jesus de Nazaré, cujo conhecimento e experiência de vida estavam a serviço do bem e da justiça; cuja bondade e misericórdia convertiam inúmeras pessoas; cujo amor por Deus e pelos seres humanos conduziu-o ao sacrifício da cruz. O texto bíblico de hoje (Lc 7,31-35) convida-nos, pois, a estarmos próximos de Jesus e a bebermos de sua sabedoria. Convida-nos também a imitar o Mestre, colocando nosso conhecimento e nossa experiência a serviço da vida e da justiça, para o bem de todos, em vista do crescimento de todos. – Manda a sabedoria para que ela me acompanhe e participe dos meus trabalhos, e me ensina o que é agradável a ti. Amém! (cf. Sb 9,10-12)” (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite

Terça, 17 de setembro de 2019


(1Tm 3,1-3; Sl 100[101]; Lc 7,11-17)
24ª Domingo do Tempo Comum.

“Eis uma palavra verdadeira: quem aspira ao episcopado saiba que está desejando uma função sublime”
1Tm 3,1.

“Quem aspira ser pastor não deve pensar que vai apenas andar na frente, mostrando o caminho. Deve lembrar-se que, muitas vezes, tem de estar junto, sentindo o medo e as aflições de suas ovelhas. Quem guia, tem a enorme responsabilidade de ter um comportamento exemplar, mas um comportamento e um discurso que demonstram a sua fé em Deus, na vida e nos homens. Tem que ter alegria e paixão. Deslumbrar-se com as coisas de Deus e com as coisas dos homens. Muitas vezes, quando seus discípulos choram, nada pode fazer se não chorar junto, embora sempre exortando à esperança. Ser pastor não é colocar-se como autoridade ou como dono do saber. Porque, seja qual for a nossa posição no mundo, a Vida é um aprendizado constante, e, mesmo as pessoas mais ignorantes têm, sempre, muito a ensinar. Ser pastor é colocar, acima de si próprio, de suas necessidades, as necessidades e o bem-estar de suas ovelhas. Por isso, a função é sublime. Se for de outra forma, a pessoa será comum e não terá nada a dar. Por estas razões, só devem aspirar ao episcopado os dadivosos, generosos, humildes e sábios. Aqueles que, sobretudo, amam, profundamente, ao ser humano e veem nele o próprio Criador. Melhor é renunciar à função de pastor, quando não se é desprendido e não se tem carisma de liderança. Deus ama muito mais aqueles que sabem varrer bem uma rua e cumprem a sua função com alegria. – Senhor, iluminai aqueles que têm a dura e sublime função de guiar e orientar o vosso rebanho! Que eles, com o vosso amparo, possam tentar ser perfeitos, como vós, e exortar seus discípulos à perfeição! (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite

Segunda, 16 de setembro de 2019


(1Tm 2,1-8; Sl 27[28]; Lc 7,1-10) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas,
sem ira e sem discussões” 1Tm 2,8.

“Atribuída à Paulo, a carta a Timóteo reflete o cotidiano das comunidades cristãs já mais próximas do final do primeiro século da era cristã. Nesse momento da história, a fé cristã tinha se espalhado por inúmeros lugares e, para continuarem vivas e levarem adiante o anúncio do Evangelho, as comunidades começaram a se organizar. A organização também era uma forma de as comunidades se protegerem de erros e desvios que poderiam acontecer (cf. 1Tm 4). No texto de hoje encontramos algumas orientações para a oração da comunidade. O autor da carta, além de pedir que a comunidade ore em favor de todas as pessoas, pede também que todos se esforcem para preservar a paz e a concórdia (1Tm 2,1-8). As recomendações são preciosas, mas não trazem novidades. Jesus já havia advertido que, antes de apresentar nossa oferta diante do altar, deveríamos buscar primeiramente a reconciliação com os nossos irmãos; e também advertiu para que evitássemos até mesmo as ofensas verbais (Mt 5,21-24). Em outras palavras, quem quisesse ser um verdadeiro discípulo de Jesus, deveria evitar ou mesmo pôr fim a todo tipo de violência. A carta a Timóteo, portanto, faz eco ao ensinamento evangélico. Aqueles que oram devem ter mãos limpas – limpas de toda injustiça e de toda violência; e para que as mãos permaneçam sempre limpas, as mentes e os corações também devem estar amparados pela oração, a fim de que não haja espaço na comunidade para o cultivo de mágoas e discussões. Diferenças de opinião dentro de um grupo são compreensíveis; porém, discórdias, ofensas e agressões deverão ser sempre evitadas. Por esse trabalho minucioso e constante em busca da paz e do entendimento é que as comunidades progredirão na fé. – Senhor, que nossas orações nos conduzam à tua paz; e o nosso esforço por viver em paz nos conduza sempre mais à verdadeira oração. Amém (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite


24º Domingo do Tempo Comum – Ano C


(Ex 32,7-11.13-14; Sl 50[51]; 1Tm 1,12-17; Lc 15,1-32)

1. O que Lucas coloca para nós sobre o surpreendente modo como Deus nos ama, tem uma ilustração num fato do Antigo Testamento, lá no começo da história salvífica, quando o povo, ao pé da montanha, cansado de esperar Moisés em sua conversa com Deus, resolve fazer para si um deus sob medida.

2. Mas Deus não é sob medida, Ele pode sempre surpreender, mesmo quando lhe parecia justo corrigir o Seu povo. A figura de Moisés se sobressai como intercessor, aquele que recorda, pela sua própria experiência, esse amor que é para sempre, disposto a recomeçar.

3. Assim o nosso salmo é um retrato dessa realidade. Centrado não tanto em quem reconhece sua falta, mas no modo como Deus age, na sua misericórdia que ‘lava’ todo pecado, que cria um coração novo, fazendo-nos cantar o seu amor.

4. A liturgia da Palavra desse domingo quer nos convencer que o mal, o pecado, presente desde sempre, não tem a última palavra sobre a história humana. O pecado é sempre precedido e seguido pelo amor de Deus.

5. Paulo, escrevendo a Timóteo, seu discípulo mais fiel que está à frente de uma comunidade, fala dessa poderosa ação de Deus em contraste com a sua indignidade. É a misericórdia de Deus, em Jesus Cristo, aqui também colocada em destaque: a ele honra e glória pelos séculos dos séculos.

6. Acompanhamos por inteiro o capítulo 15 de Lucas, tão bem conhecido. É próprio do evangelista misturar, em suas narrativas, personagens masculinos e femininos para compor o rosto de Deus nessa mistura do amor paterno e da ternura materna.

7. As parábolas trabalham a frágil condição humana na facilidade de se perder. Mas o que prevalece é a recuperação, o regresso, a vida nova como resultado de uma paciente procura da parte de Deus. É sempre festa da parte divina. Seriamos nós capazes de comungar dessa alegria que nos parece absurda?

8. Mesmo com todas as advertências sobre o discipulado verdadeiro que Jesus vem fazendo, Ele é capaz de nos surpreender ao revelar o coração de Deus aberto tanto aos publicanos, fariseus, mestres da Lei, como aos pecadores. É preciso converter-se a esse ‘deixar-se encontrar’ por Deus.

9. Enquanto Mateus nos solicita ‘ser perfeitos’ como o Pai celeste é perfeito (cf. Mt 5,48), Lucas nos dirá, diante desse quadro que nos apresenta: ‘Sede misericordiosos, como misericordioso é o Pai celeste’ (cf. Lc 6,36). São caminhos pelos quais vamos vendo e revendo o nosso discipulado.  

Pe. João Bosco Vieira Leite