Terça, 07 de julho de 2020

(Os 8,4-7.11-13; Sl 113B[115]; Mt 9,32-38) 

14ª Semana do Tempo Comum.

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” Mt 9,37.

“Jesus quis motivar seus discípulos à ação. Seus mensageiros teriam responsabilidades que envolveriam o privilégio em duplicar a quantidade de trabalhadores envolvidos na missão. A tarefa de formar líderes e enviá-los não esteve acabada. Não é possível cruzar os braços, pois os desafios para a proclamação do Evangelho continuam. A população mundial cresce assustadoramente. Somente um terço da mesma denomina-se cristã. Os outros dois terços, cerca de quatro bilhões, ainda vivem numa certa expectativa como ‘multidões exaustas, aflitas com ovelhas que não têm pastor’. O próprio Salvador Jesus tinha previsto essa falta de obreiros já no início da Igreja cristã. Seu recado não pode ser esquecido. Jesus veio para cumprir a vontade do Pai em salvar todos os pecadores. Durante o seu ministério, reúne um grupo de doze discípulos para acompanha-lo em todos lugares. Ele lhes transmite a educação teológica na prática. Estando em uma de suas viagens com os doze, olha para as multidões com o coração cheio de misericórdia e compaixão. Eles padecem da enfermidade da dúvida e da incerteza. Essas multidões vão se perder. Jesus vai ao encontro com o coração cheio de misericórdia e oferece sua própria vida na Cruz do Calvário em favor delas. Nós estamos entre essas multidões que foram agraciadas pela misericórdia divina. Ele nos deu a vida e agora cada um de nós pode se alegrar, sorrir e agradecer a Deus. Sua morte e ressurreição garantiram e abriram a porta da salvação. O paraíso da vida eterna foi reconquistado. Temos comunhão novamente com Deus através dos méritos de Cristo. O mundo continua grande, porém nossas responsabilidades também. Cristo nos chama ao envolvimento pessoal, ao compromisso, ao engajamento na sua obra de salvação da humanidade. Ele quer salvar a humanidade através do nosso testemunho. – Senhor! Envia-nos como instrumento de salvação. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Bem-aventurado Bento XI, papa. Natural de Treviso, Itália, Nicolau Boccasini, nasceu em 1240, de uma família bastante modesta. Sua mãe era lavadeira no convento dos dominicanos, o que favoreceu o ingresso do filho na ordem de são Domingos, aos 17 anos. Completou os seus estudos em Milão. Ordenado padre, retornou a Treviso, onde desempenhou a função de professor no próprio convento. Distinguiu-se pela mansidão de caráter, pureza de vida, humildade e piedade. Eleito em 1286 superior provincial da vasta região lombarda, dez anos depois foi nomeado para o cargo geral da Ordem. Com a sua habilidade foi capaz de trazer paz a conflitos políticos de sua época. Foi nomeado cardeal por Bonifácio VIII, a este sucedeu no trono de Pedro em outubro de 1303, por seu espírito conciliador e o mais indicado para resolver o grande conflito entre o papado e o rei da França. Com o nome de Bento XI, preferiu a residência de Perugia àquela romana, para ficar longe dos tumultos e das insídias, e dedicar-se ao pacífico governo da Igreja. Mas também aqui foi atingido pelo ódio de seus inimigos: sentindo-se mal após ter provado um figo fresco, provavelmente envenenado, fez escancarar as portas do palácio para conceder uma última audiência e bênção aos fiéis. Entre os atos do seu breve pontificado (22 de outubro de 1303 a 7 de julho de 1304) está o decreto da obrigação para todos cristãos de confessar-se ao menos uma vez por ano.

 Pe. João Bosco Vieira Leite