(Os 8,4-7.11-13; Sl 113B[115]; Mt 9,32-38)
14ª Semana do Tempo Comum.
“A messe é grande,
mas os trabalhadores são poucos” Mt 9,37.
“Jesus quis motivar
seus discípulos à ação. Seus mensageiros teriam responsabilidades que
envolveriam o privilégio em duplicar a quantidade de trabalhadores envolvidos
na missão. A tarefa de formar líderes e enviá-los não esteve acabada. Não é
possível cruzar os braços, pois os desafios para a proclamação do Evangelho
continuam. A população mundial cresce assustadoramente. Somente um terço da
mesma denomina-se cristã. Os outros dois terços, cerca de quatro bilhões, ainda
vivem numa certa expectativa como ‘multidões exaustas, aflitas com ovelhas que
não têm pastor’. O próprio Salvador Jesus tinha previsto essa falta de obreiros
já no início da Igreja cristã. Seu recado não pode ser esquecido. Jesus veio
para cumprir a vontade do Pai em salvar todos os pecadores. Durante o seu
ministério, reúne um grupo de doze discípulos para acompanha-lo em todos
lugares. Ele lhes transmite a educação teológica na prática. Estando em uma de
suas viagens com os doze, olha para as multidões com o coração cheio de
misericórdia e compaixão. Eles padecem da enfermidade da dúvida e da incerteza.
Essas multidões vão se perder. Jesus vai ao encontro com o coração cheio de
misericórdia e oferece sua própria vida na Cruz do Calvário em favor delas. Nós
estamos entre essas multidões que foram agraciadas pela misericórdia divina.
Ele nos deu a vida e agora cada um de nós pode se alegrar, sorrir e agradecer a
Deus. Sua morte e ressurreição garantiram e abriram a porta da salvação. O
paraíso da vida eterna foi reconquistado. Temos comunhão novamente com Deus
através dos méritos de Cristo. O mundo continua grande, porém nossas
responsabilidades também. Cristo nos chama ao envolvimento pessoal, ao
compromisso, ao engajamento na sua obra de salvação da humanidade. Ele quer
salvar a humanidade através do nosso testemunho. – Senhor! Envia-nos
como instrumento de salvação. Amém” (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações
para o dia a dia [2017] – Vozes).
Santo do Dia:
Bem-aventurado Bento
XI, papa. Natural de Treviso, Itália, Nicolau Boccasini, nasceu em
1240, de uma família bastante modesta. Sua mãe era lavadeira no convento dos
dominicanos, o que favoreceu o ingresso do filho na ordem de são Domingos, aos
17 anos. Completou os seus estudos em Milão. Ordenado padre, retornou a
Treviso, onde desempenhou a função de professor no próprio convento.
Distinguiu-se pela mansidão de caráter, pureza de vida, humildade e piedade.
Eleito em 1286 superior provincial da vasta região lombarda, dez anos depois
foi nomeado para o cargo geral da Ordem. Com a sua habilidade foi capaz de
trazer paz a conflitos políticos de sua época. Foi nomeado cardeal por
Bonifácio VIII, a este sucedeu no trono de Pedro em outubro de 1303, por seu
espírito conciliador e o mais indicado para resolver o grande conflito entre o
papado e o rei da França. Com o nome de Bento XI, preferiu a residência de
Perugia àquela romana, para ficar longe dos tumultos e das insídias, e
dedicar-se ao pacífico governo da Igreja. Mas também aqui foi atingido pelo
ódio de seus inimigos: sentindo-se mal após ter provado um figo fresco, provavelmente
envenenado, fez escancarar as portas do palácio para conceder uma última
audiência e bênção aos fiéis. Entre os atos do seu breve pontificado (22 de
outubro de 1303 a 7 de julho de 1304) está o decreto da obrigação para todos
cristãos de confessar-se ao menos uma vez por ano.
Pe. João Bosco Vieira Leite