(Is 38,1-6.21-22.7-8; Sl Is 38; Mt 12,1-8)
15ª Semana do Tempo Comum.
“Se tivésseis
compreendido o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’,
não teríeis condenado
os inocentes” Mt 12,7.
“As palavras de Jesus
referidas pelo Evangelho podem parecer ligadas a uma questão típica do mundo
judaico, longe das nossas situações; de fato, dirigem-nos uma forte provocação.
Colocam também em questão a nossa maneira de nos comportarmos e de obedecer à
Lei de Deus e, mais profundamente, permitem-nos ler a qualidade de nossa
relação com o Senhor. Também nós podemos acreditar que os preceitos que a
Igreja nos dita são o meio que nos salva e podemos prestar uma obediência
minuciosa, mas provada de amor, permanecendo assim fechados ao verdadeiro
espírito da Lei o qual é, pelo contrário, promoção e defesa da vida do homem.
Se não relembramos esse significado, arriscamo-nos a esquecer que é o Senhor
Jesus que nos salva com sua morte e ressurreição, que é a relação de amizade
com Ele que transforma a nossa vida e que sua Palavra é a lâmpada que orienta
os nosso passos (cf. Sl 17,29; 118,115)” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum] – Paulus).
Santo do Dia:
Bem-aventurado Inácio
de Azevedo e companheiros, mártires. Nasceu Inácio em Portugal,
no Porto, em 1527, filho de D. Emanuel e Dona Vielante, ambos descendentes de
famílias lusitanas ricas e nobres. Recebeu cuidadosa educação e tornou-se
administrador dos bens familiares aos 18 anos de idade. Após um retiro em
Coimbra, decidiu-se pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, em
1548. Revelou-se logo excelente religioso. Não terminara, aos 26 anos de idade,
o seu curso de teologia, quando foi nomeado reitor do Colégio Santo Antônio de
Lisboa. Tornou-se vice provincial em 1556. Depois de terminado seus estudos,
foi mandado a Braga, para assessorar o bispo da cidade na reforma da diocese.
Em 1565 lhe foi confiada a inspeção das missões das Índias e do Brasil. Essa
visita durou cerca de três anos. Os trabalhos de evangelização exigiam reforços
e ao solicitar do seu superior geral o envio de mais missionários, vai a
Portugal para preparar um novo grupo de jesuítas para a missão, ao retornar ao
Brasil com 39 companheiros no navio ‘São Tiago’, foi capturado por um
navio francês calvinista que lhe seguia com a finalidade de capturar os
jesuítas; estes foram friamente degolados. Assim morreu Inácio de Azevedo. De
seus quarenta companheiros de martírio, nove eram espanhóis, os demais
portugueses. O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854.
Pe. João Bosco Vieira Leite