Sexta, 17 de julho de 2020

(Is 38,1-6.21-22.7-8; Sl Is 38; Mt 12,1-8) 

15ª Semana do Tempo Comum.


“Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’,

não teríeis condenado os inocentes” Mt 12,7.

“As palavras de Jesus referidas pelo Evangelho podem parecer ligadas a uma questão típica do mundo judaico, longe das nossas situações; de fato, dirigem-nos uma forte provocação. Colocam também em questão a nossa maneira de nos comportarmos e de obedecer à Lei de Deus e, mais profundamente, permitem-nos ler a qualidade de nossa relação com o Senhor. Também nós podemos acreditar que os preceitos que a Igreja nos dita são o meio que nos salva e podemos prestar uma obediência minuciosa, mas provada de amor, permanecendo assim fechados ao verdadeiro espírito da Lei o qual é, pelo contrário, promoção e defesa da vida do homem. Se não relembramos esse significado, arriscamo-nos a esquecer que é o Senhor Jesus que nos salva com sua morte e ressurreição, que é a relação de amizade com Ele que transforma a nossa vida e que sua Palavra é a lâmpada que orienta os nosso passos (cf. Sl 17,29; 118,115)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum] – Paulus).

 

Santo do Dia:

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros, mártires. Nasceu Inácio em Portugal, no Porto, em 1527, filho de D. Emanuel e Dona Vielante, ambos descendentes de famílias lusitanas ricas e nobres. Recebeu cuidadosa educação e tornou-se administrador dos bens familiares aos 18 anos de idade. Após um retiro em Coimbra, decidiu-se pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, em 1548. Revelou-se logo excelente religioso. Não terminara, aos 26 anos de idade, o seu curso de teologia, quando foi nomeado reitor do Colégio Santo Antônio de Lisboa. Tornou-se vice provincial em 1556. Depois de terminado seus estudos, foi mandado a Braga, para assessorar o bispo da cidade na reforma da diocese. Em 1565 lhe foi confiada a inspeção das missões das Índias e do Brasil. Essa visita durou cerca de três anos. Os trabalhos de evangelização exigiam reforços e ao solicitar do seu superior geral o envio de mais missionários, vai a Portugal para preparar um novo grupo de jesuítas para a missão, ao retornar ao Brasil com 39 companheiros no navio ‘São Tiago’, foi capturado por um navio francês calvinista que lhe seguia com a finalidade de capturar os jesuítas; estes foram friamente degolados. Assim morreu Inácio de Azevedo. De seus quarenta companheiros de martírio, nove eram espanhóis, os demais portugueses. O culto desses mártires foi confirmado por Pio IX em 1854. 

 Pe. João Bosco Vieira Leite