Sábado, 18 de julho de 2020

(Mq 2,1-5; Sl 9B[10]; Mt 12,14-21) 

15ª Semana do Tempo Comum.

“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus” Mt 12,14.

“Os contínuos ‘desrespeitos’ à Lei, por parte de Jesus, só fazia crescer a aversão de seus inimigos por ele. Norteando-se pelo princípio da misericórdia, o Mestre não se importava de fazer o bem em dia de sábado. Por exemplo: curar a quem recorria a ele ou carecia de seu auxílio, mesmo sem ser solicitado, como foi o caso do homem de mão seca. Ele transmitia aos discípulos esta mesma mentalidade, ensinando-os a serem livres diante das tradições religiosas, quando se tratava de fazer o bem. O foco de desentendimento entre Jesus e os fariseus não consistia em minúcias da Lei, discutidas entre as escolas rabínicas da época. Girava em torno de questões mais radicais. As atitudes de Jesus chocavam-se com a Lei no seu conjunto, no modo como era entendida pelos fariseus fanáticos. Jesus não questionava o mandamento do repouso sabático. Somente recusava-se a aceitar o valor absoluto que lhe era dado. Por isso, entrava em desacordo com os inimigos. A situação ficou insustentável. Seus opositores reuniram-se em conselho, para decidir sobre a melhor maneira de eliminar o incomodo Jesus de Nazaré. O fato de ser visado por seus inimigos não foi obstáculo sério para Jesus. Sua consciência de estar em comunhão com a vontade do Pai dava-lhes a segurança necessária para seguir em frente. – Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de cada dia – Paulinas).

 

Santo do Dia:

São Francisco Solano, missionário. Nasceu em Montilia, na Andaluzia, em 1549, filho de Mateus Sanchez Solano e Ana Gimenez. Foi batizado no mesmo dia do nascimento. Seus pais eram profundamente cristãos. Colocaram-no logo no Colégio dos jesuítas, onde rapidamente ganhou a estima de todos; era vigoroso, sensível e dotado de uma vontade firme. Aos 20 anos, em sua cidade natal, tomou o hábito franciscano. Foi um frade exemplar, o que fez com que logo merecesse a confiança dos seus superiores. Teve cargos importantes na Ordem, mas gostava da pregação, acolhida por seus ouvintes dada sua fé e convicção. Teve sempre o desejo de ir para as terras de missões. Seu desejo foi realizado em 1589, sendo escolhido para ir para o Peru. Numa viagem marcada por acidentes, chegou em Lima, mas aí não se demorou indo para Tucumán, seu futuro campo de ação. Durante quinze anos foi o viajante incansável de Deus no novo continente. Familiarizou-se com os dialetos indígenas; anunciava Deus, e de tal modo que todos compreendiam; tinha o dom das línguas; Deus mesmo era seu intérprete para aqueles corações americanos. Muitos doentes recuperaram a saúde pela simples imposição do cordão do religioso. Percorreu 3.000 quilômetros entre Lima e Tucumán (na Argentina), e foi até o Paraguai e Chile. Os últimos cinco anos de sua vida foram passados em Lima, para, em cumprimento de ordem superior, restabelecer a disciplina interior da Ordem. Foi esse um tempo abençoado, em que, pelas práticas, quer nas igrejas, quer nas praças públicas, fez um bem enorme a muitas almas. Características na vida de S. Francisco Solano é sua alegria espiritual. Nunca ninguém o viu triste ou acabrunhado. De forte espiritualidade, sempre celebrava num profundo recolhimento e piedade. Morreu em 14 de julho de 1631. Foi canonizado em 1726. 

Pe. João Bosco Vieira Leite