Segunda, 13 de julho de 2020

(Is 1,10-17; Sl 49[50]; Mt 10,34—11,1) 

15ª Semana do Tempo Comum.

“Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada” Mt 10,34.

“Então, Jesus é a favor da violência? De modo nenhum. Se o fosse, não diria que os mansos são felizes, vão possuir a terra. Não diria que todos aqueles que tomarem a espada, da espada haverão de padecer. E por que, então, fala da espada, de um instrumento de luta, de uma arma que fere e que mata, como sendo aquilo que veio trazer à terra? Esta afirmação sua em nada contradiz ao que ele ensinou; quando sentencia que não veio trazer a paz e, sim, a espada, o que Jesus está querendo não é preconizar o uso da força, mas, antes, mostrar que ele veio declarar guerra a tudo aquilo que significasse pecado ou dele proviesse. Ele veio exatamente a fim de fazer o que a espada faz. Veio ferir o mal, sob as suas mais variadas formas. Veio enfrentar os contravalores existentes na sociedade de seu tempo e inaugurar um reino que opunha a muito do que era tido como absoluto, sagrado e verdadeiro. Acreditava-se que a felicidade era consequência de riqueza e ele vinha afirmando que era fruto de desprendimento de espírito. Acreditava-se que meta para o homem era possuir e ele vinha afirmando de que nada vale ao homem ganhar o mundo inteiro se um dia vier a se perder. Acreditava-se ‘no dente por dente, olho por olho’ e ele vinha afirmando que se deveria amar até o próprio inimigo. Como se deduz, tinha ele por missão decretar verdadeira oposição ao mal, destruí-lo pela raiz, abrir-lhe guerra. Daí dizer que chegava, trazendo a espada. Cristão, seguidor seu, não pode ser de outro jeito. Há de viver atento, combatendo as forças diabólicas, de arma em punho destruindo a maldade. Nenhum de nós pode viver sem esta espada que ele veio trazendo. Afinal de contas, o que ele fez é o que devemos nós fazer. – Senhor, que consigamos a paz do bem fazendo guerra a todo mal. Amém” (José Gilberto Luna – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santo Henrique, rei. Filho do duque de Baviera, nasceu num castelo às margens do Danúbio em 973. Teve um irmão, Bruno, que renunciou ao conforto da corte para se tornar pastor de almas, como bispo de Augusta. Das duas irmãs, Brígida se fez monja e Gisela foi a esposa de um santo, o rei Estevão da Hungria. O príncipe Henrique foi confiado pela mãe aos cônegos de Hildesheim, e mais tarde ao bispo de Ratisbona, são Wolfgang, em cuja escola se formou cultural e espiritualmente. Não lhe faltaram oportunidades de demonstrar tudo o que havia aprendido na escola de são Wolfgang. Levou em frente grandes iniciativas com firmeza e ao mesmo tempo com moderação. Raro exemplo de retidão civil e de honestidade moral no governo das coisas terrenas, mereceu também a outra coroa, mais cheia de prestígio, a da santidade. Morreu a 13 de julho de 1024 e foi sepultado em Bamberg. O papa Eugênio III incluiu-o no elenco dos santos em 1146. 

  Pe. João Bosco Vieira Leite