(Os 10,1-3.7-8.12; Sl 105[105]; Mt 10,1-7)
14ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus chamou os doze
discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus
e para curarem todo
tipo de doença e enfermidades” Mt 10,1.
“A grandeza da missão
a ser realizada exigiu de Jesus contar com a ajuda de companheiros. A escolha
dos doze apóstolos simboliza o que haveria de acontecer ao longo dos tempos:
muitos seriam chamados para compartilhar a missão de Jesus. Também o encargo
conferido aos apóstolos tem um caráter paradigmático. O Mestre deu-lhes o poder
de expulsar os espíritos imundos, curar toda doença e enfermidade, e mandou-os
anunciar que ‘o Reino dos Céus está próximo’. Trata-se das duas vertentes da
ação de Jesus, que foi Messias por palavras e obras. Enquanto Messias por
palavras, sua pregação esteve toda centrada no tema do Reino: sua origem, as
condições para aderir a ele, sua ação na história humana e seu destino último.
Enquanto Messias por obras, empenhou-se todo em fazer o bem a quem dele se
aproximava com o desejo de ser ajudado. A fé foi sempre um requisito para que
as pessoas se beneficiassem dos milagres de Jesus. Jamais usou o poder que o
Pai lhe conferira, para fazer algo em benefício próprio. Em tudo visou o bem
das pessoas. Os que são chamados a ser companheiros de Jesus – homens e
mulheres – terão de percorrer o mesmo caminho. O sinal mais convincente de
adesão sincera será a capacidade de segui-lo até a cruz. – Pai, tu me
escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz
de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por ele” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de cada dia – Paulinas).
Santo do Dia:
B. Eugênio III e
Santo Adriano III, papas. Eugênio III era um sacerdote cisterciense que dirigiu a Igreja
por oito anos e cinco meses (1145-1153) num período muito difícil. Convidado
por são Bernardo, levou a sério a reforma da Igreja e da Cúria Romana;
desdobrou-se pela defesa da cristandade contra a ameaça dos turcos, promovendo
uma cruzada; presidiu quatro Concílios (Paris, Treves, Reims e Cremona),
promoveu os estudos eclesiásticos, defendeu a ortodoxia e ele mesmo soube
conciliar a austeridade da vida monástica com as exigências da dignidade papal.
Muito pouco se sabe da vida de santo Adriano III. Era romano, filho de Bento e
governou a Igreja por um ano, de 884 a 885. Sabe-se apenas da sua morte e dos
milagres que realizados. Um particular interessante da personalidade deste
santo é sua atitude conciliadora com o patriarca de Constantinopla, Fócio, ao
qual comunicou a própria eleição.
Pe. João Bosco Vieira Leite