Quarta, 8 de julho de 2020

(Os 10,1-3.7-8.12; Sl 105[105]; Mt 10,1-7) 

14ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus

e para curarem todo tipo de doença e enfermidades” Mt 10,1.

“A grandeza da missão a ser realizada exigiu de Jesus contar com a ajuda de companheiros. A escolha dos doze apóstolos simboliza o que haveria de acontecer ao longo dos tempos: muitos seriam chamados para compartilhar a missão de Jesus. Também o encargo conferido aos apóstolos tem um caráter paradigmático. O Mestre deu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos, curar toda doença e enfermidade, e mandou-os anunciar que ‘o Reino dos Céus está próximo’. Trata-se das duas vertentes da ação de Jesus, que foi Messias por palavras e obras. Enquanto Messias por palavras, sua pregação esteve toda centrada no tema do Reino: sua origem, as condições para aderir a ele, sua ação na história humana e seu destino último. Enquanto Messias por obras, empenhou-se todo em fazer o bem a quem dele se aproximava com o desejo de ser ajudado. A fé foi sempre um requisito para que as pessoas se beneficiassem dos milagres de Jesus. Jamais usou o poder que o Pai lhe conferira, para fazer algo em benefício próprio. Em tudo visou o bem das pessoas. Os que são chamados a ser companheiros de Jesus – homens e mulheres – terão de percorrer o mesmo caminho. O sinal mais convincente de adesão sincera será a capacidade de segui-lo até a cruz. – Pai, tu me escolheste para ser companheiro de missão de teu Filho Jesus. Que eu seja capaz de percorrer, com fidelidade, o mesmo caminho trilhado por ele” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de cada dia – Paulinas).

 

Santo do Dia:

B. Eugênio III e Santo Adriano III, papas. Eugênio III era um sacerdote cisterciense que dirigiu a Igreja por oito anos e cinco meses (1145-1153) num período muito difícil. Convidado por são Bernardo, levou a sério a reforma da Igreja e da Cúria Romana; desdobrou-se pela defesa da cristandade contra a ameaça dos turcos, promovendo uma cruzada; presidiu quatro Concílios (Paris, Treves, Reims e Cremona), promoveu os estudos eclesiásticos, defendeu a ortodoxia e ele mesmo soube conciliar a austeridade da vida monástica com as exigências da dignidade papal. Muito pouco se sabe da vida de santo Adriano III. Era romano, filho de Bento e governou a Igreja por um ano, de 884 a 885. Sabe-se apenas da sua morte e dos milagres que realizados. Um particular interessante da personalidade deste santo é sua atitude conciliadora com o patriarca de Constantinopla, Fócio, ao qual comunicou a própria eleição. 

 Pe. João Bosco Vieira Leite