Terça, 24 de outubro de 2017

(Rm 5,12.15.17-21; Sl 39[40]; Lc 12,35-38) 
29ª Semana do Tempo Comum.

Como já havíamos colocado, é preciso partir do sentido literal, para não perder a mensagem humana e os ensinamentos religiosos do Antigo Testamento, mas não se pode permanecer nele. Se a Igreja adotou o Saltério como seu livro oficial de oração é porque, à luz do Novo Testamento e dos Padres, todo ele é interpretado como uma imensa profecia de Cristo e da Igreja. Veremos um pouco disso a seguir.

Falando dessa leitura cristológica dos salmos, o salmo 40 (vv. 7-10.17) empresta voz àquele que virá para fazer a vontade de Deus, oferecendo-se como vítima agradável pela redenção humana. “Os versículos 6-8 do salmo 40 são citados aos Hebreus no Novo Testamento, e aplicados a Jesus. Veja como a conexão funciona. Davi havia sido escolhido por Deus como rei de Israel, porque tinha um desejo de obedecer totalmente ao Senhor (1Samuel 16,7; Atos 13,22-23). Da descendência de Davi, Deus trouxe Jesus, o Libertador prometido – e Jesus segue a tradição davídica de obediência ao Pai. Você provavelmente nunca viu essas palavras em um cartão de Natal, mas é ali que elas deveriam estar. Pouco antes de sair do céu e entrar na história humana, Jesus empenhou sua obediência ao Pai nas palavras do Salmo 40,6-8. (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).     


 Pe. João Bosco Vieira Leite