(Rm 5,12.15.17-21; Sl 39[40]; Lc 12,35-38)
29ª Semana do Tempo Comum.
Como já havíamos colocado, é preciso
partir do sentido literal, para não perder a mensagem humana e os ensinamentos
religiosos do Antigo Testamento, mas não se pode permanecer nele. Se a Igreja
adotou o Saltério como seu livro oficial de oração é porque, à luz do Novo
Testamento e dos Padres, todo ele é interpretado como uma imensa profecia de
Cristo e da Igreja. Veremos um pouco disso a seguir.
Falando dessa leitura cristológica dos
salmos, o salmo 40 (vv. 7-10.17) empresta voz àquele que virá para fazer a
vontade de Deus, oferecendo-se como vítima agradável pela redenção humana. “Os
versículos 6-8 do salmo 40 são citados aos Hebreus no Novo Testamento, e
aplicados a Jesus. Veja como a conexão funciona. Davi havia sido escolhido por
Deus como rei de Israel, porque tinha um desejo de obedecer totalmente ao
Senhor (1Samuel 16,7; Atos 13,22-23). Da descendência de Davi, Deus trouxe
Jesus, o Libertador prometido – e Jesus segue a tradição davídica de obediência
ao Pai. Você provavelmente nunca viu essas palavras em um cartão de Natal, mas
é ali que elas deveriam estar. Pouco antes de sair do céu e entrar na história
humana, Jesus empenhou sua obediência ao Pai nas palavras do Salmo 40,6-8.
(Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas
Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite