(Jn 4,1-11; Sl 85[86]; Lc 11,1-14)
27ª Semana do Tempo Comum.
Seria interessante se cada um, segundo
suas faculdades e possibilidades, e sua disponibilidade de tempo pudesse se
dedicar a um estudo mais sistemático dos salmos. Santa Teresinha do Menino
Jesus dizia que gostaria de ter aprendido hebraico para poder rezar os salmos
em sua língua original. Talvez não precisemos chegar a tanto, se bem que o
conhecimento da língua original traz a percepção de nuances que nenhuma tradução
seria capaz de transmitir, seria suficiente um conhecimento sobre o mundo da
Bíblia como base para a compreensão dos salmos.
Para interpretar a incompreensão de
Jonas e convidá-lo a uma atitude penitencial diante do Senhor, a liturgia nos
oferece o salmo 86 (vv. 3-6.9-10). Traduz os sentimentos de Davi que se
encontra cercado por inimigos e apela para a misericórdia divina; em meio ao
seu lamento, ele pede por libertação, demonstrando confiança em Deus que é
capaz de responder à sua necessidade. “O foco de Davi no salmo, no
entanto, não era tanto as ameaças dos inimigos, mas o poder de Deus para livrar
seu servo. Davi descreveu o ímpio como alguém violento e orgulhoso e a si mesmo
como pobre e necessitado; mas descreveu a Deus como alguém cheio de compaixão e
grande em misericórdia. [...] Que argumentos você pode apresentar ao Senhor em
sua situação atual? Sua necessidade pode ser grande e seus inimigos ser fortes,
mas até que ponto seu Deus é grande?” (Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite