Quarta, 11 de outubro de 2017

(Jn 4,1-11; Sl 85[86]; Lc 11,1-14) 
27ª Semana do Tempo Comum.

Seria interessante se cada um, segundo suas faculdades e possibilidades, e sua disponibilidade de tempo pudesse se dedicar a um estudo mais sistemático dos salmos. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que gostaria de ter aprendido hebraico para poder rezar os salmos em sua língua original. Talvez não precisemos chegar a tanto, se bem que o conhecimento da língua original traz a percepção de nuances que nenhuma tradução seria capaz de transmitir, seria suficiente um conhecimento sobre o mundo da Bíblia como base para a compreensão dos salmos.

Para interpretar a incompreensão de Jonas e convidá-lo a uma atitude penitencial diante do Senhor, a liturgia nos oferece o salmo 86 (vv. 3-6.9-10). Traduz os sentimentos de Davi que se encontra cercado por inimigos e apela para a misericórdia divina; em meio ao seu lamento, ele pede por libertação, demonstrando confiança em Deus que é capaz de responder à sua necessidade. “O foco de Davi no salmo, no entanto, não era tanto as ameaças dos inimigos, mas o poder de Deus para livrar seu servo. Davi descreveu o ímpio como alguém violento e orgulhoso e a si mesmo como pobre e necessitado; mas descreveu a Deus como alguém cheio de compaixão e grande em misericórdia. [...] Que argumentos você pode apresentar ao Senhor em sua situação atual? Sua necessidade pode ser grande e seus inimigos ser fortes, mas até que ponto seu Deus é grande?” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  


 Pe. João Bosco Vieira Leite