(Ex 23,20-23; Sl 90[91]; Mt 18,1-5.10)
Santos Anjos da Guarda.
“Em nenhum lugar encontrei palavras
mais poderosas que as dos salmos. Sua fervorosa poesia purifica a pessoa e lhe
dá forças, infundindo esperança nos momentos de escuridão. Leva o indivíduo a
realizar uma introspecção crítica, adquirindo confiança e lavando o coração com
suas próprias lágrimas. É a inextinguível chama do amor, da gratidão, da
humildade e da verdade” (Svetlana Alliluyeva, filha de Stalin in Hilar
Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).
Nessa verdade da experiência bíblica
dos salmos, a nossa liturgia celebra os Anjos da Guarda. A quem veja em Moisés
o anjo que o Senhor colocará à frente do seu povo para conduzi-lo pelo deserto.
Há quem afirme que era Miguel, o Arcanjo, que acompanhava Israel. O que importa
é perceber esse cuidado de Deus que o nosso salmista canta e meio a seus
exercícios de confiança: Sl 91,1-6.10-11. Desconhecemos o seu autor, a quem
atribua a Moisés. O nosso poeta pensa na proteção de Deus para seu povo e louva
ao Senhor pelo seu cuidado. “Um choque para alguns cristãos, mas o fato
é que vivemos em um mundo mau. Os seguidores de Jesus não são removidos da
terra ou selados em uma bolha santa. Vivemos na presença imediata de um mal
inconcebível. O plano de Deus é que continuemos a viver um sistema hostil do
mundo, mas protegidos e cercados pelo poder de Deus. Algumas pessoas têm
tentado o isolamento – vivendo em um casulo cristãos, minimizando a exposição à
cultura, participando de uma igreja cuja mentalidade é uma fortaleza. Deus, no
entanto, prefere enviar seu povo a um mundo perdido, protegendo-o o tempo todo
com sua mão poderosa”(Douglas Connelly - Guia Fácil para entender
Salmos - Thomas Nelson Brasil). Que pela presença desses
servidores de Deus possamos sentir a Sua presença nos guiando e protegendo ao
longo do caminho.
Pe. João Bosco Vieira Leite