Segunda, 02 de outubro de 2017

(Ex 23,20-23; Sl 90[91]; Mt 18,1-5.10) 
Santos Anjos da Guarda.

“Em nenhum lugar encontrei palavras mais poderosas que as dos salmos. Sua fervorosa poesia purifica a pessoa e lhe dá forças, infundindo esperança nos momentos de escuridão. Leva o indivíduo a realizar uma introspecção crítica, adquirindo confiança e lavando o coração com suas próprias lágrimas. É a inextinguível chama do amor, da gratidão, da humildade e da verdade” (Svetlana Alliluyeva, filha de Stalin in Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

Nessa verdade da experiência bíblica dos salmos, a nossa liturgia celebra os Anjos da Guarda. A quem veja em Moisés o anjo que o Senhor colocará à frente do seu povo para conduzi-lo pelo deserto. Há quem afirme que era Miguel, o Arcanjo, que acompanhava Israel. O que importa é perceber esse cuidado de Deus que o nosso salmista canta e meio a seus exercícios de confiança: Sl 91,1-6.10-11. Desconhecemos o seu autor, a quem atribua a Moisés. O nosso poeta pensa na proteção de Deus para seu povo e louva ao Senhor pelo seu cuidado. “Um choque para alguns cristãos, mas o fato é que vivemos em um mundo mau. Os seguidores de Jesus não são removidos da terra ou selados em uma bolha santa. Vivemos na presença imediata de um mal inconcebível. O plano de Deus é que continuemos a viver um sistema hostil do mundo, mas protegidos e cercados pelo poder de Deus. Algumas pessoas têm tentado o isolamento – vivendo em um casulo cristãos, minimizando a exposição à cultura, participando de uma igreja cuja mentalidade é uma fortaleza. Deus, no entanto, prefere enviar seu povo a um mundo perdido, protegendo-o o tempo todo com sua mão poderosa”(Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  Que pela presença desses servidores de Deus possamos sentir a Sua presença nos guiando e protegendo ao longo do caminho.


  Pe. João Bosco Vieira Leite