(Jl 1,13-15; 2,1-2; Sl 9A[9]; Lc 11,15-26)
27ª Semana do Tempo Comum.
“O estudo não é
oração, mas lhe dá solidez e objetividade. Vale a pena. Um dia um salmo, outro
dia outro; o que a pessoa aprende serve para entender melhor os demais.
Manifesta-se uma espécie de lei de vasos comunicantes, que faz com que aquilo a
respeito de um salmo sirva também para o entendimento de outros salmos do mesmo
gênero ou de gênero parecido e, em última instância, para adentrar o mundo dos
salmos. Não sejamos iluministas: a quem não tem possibilidade para mais do que
isso, Deus falará apenas pelo texto dos salmos; mas estaria tentando a Deus e
correria o perigo de ficar com uma fé infantil aquele que, podendo, não
aplicasse aos salmos e, em geral, à Palavra de Deus, o esforço que dedica ao
restante de sua cultura humana” (Hilar Raguer – Para
Compreender os Salmos – Loyola).
O salmo 9 (em sua 1ª parte: vv. 1-4.6.[16.]8-9)
se contrapõem, em parte, ao caráter penitencial da 1ª leitura. No mesmo estilo
do salmo de quarta-feira, aqui Davi expressa sua confiança em Deus em meio ao
ataque dos inimigos, pois está certo que terá Sua ajuda. “O que mantinha a
clara perspectiva de Davi em tempos de angústia era a percepção sólida da
verdade sobre Deus. Davi sabia certos fatos sobre o caráter de Deus e sobre
como Deus opera, e Davi se firmava nesses fatos mesmo quando as circunstâncias
aparentavam contradizê-los. Esta é uma boa definição de fé, a propósito – estar
convencido de certos fatos porque Deus disse que são assim, não porque a
situação imediata o diz. [...] Em quais verdades sobre Deus você se agarra
quando o inimigo ataca? Salmo 9 dá-nos um bom ponto de partida. Enquanto os
inimigos continuarem vindo, o cristão continua orando” (Douglas
Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson
Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite