Sexta, 13 de outubro de 2017

(Jl 1,13-15; 2,1-2; Sl 9A[9]; Lc 11,15-26) 
27ª Semana do Tempo Comum.

“O estudo não é oração, mas lhe dá solidez e objetividade. Vale a pena. Um dia um salmo, outro dia outro; o que a pessoa aprende serve para entender melhor os demais. Manifesta-se uma espécie de lei de vasos comunicantes, que faz com que aquilo a respeito de um salmo sirva também para o entendimento de outros salmos do mesmo gênero ou de gênero parecido e, em última instância, para adentrar o mundo dos salmos. Não sejamos iluministas: a quem não tem possibilidade para mais do que isso, Deus falará apenas pelo texto dos salmos; mas estaria tentando a Deus e correria o perigo de ficar com uma fé infantil aquele que, podendo, não aplicasse aos salmos e, em geral, à Palavra de Deus, o esforço que dedica ao restante de sua cultura humana” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

O salmo 9 (em sua 1ª parte: vv. 1-4.6.[16.]8-9) se contrapõem, em parte, ao caráter penitencial da 1ª leitura. No mesmo estilo do salmo de quarta-feira, aqui Davi expressa sua confiança em Deus em meio ao ataque dos inimigos, pois está certo que terá Sua ajuda. “O que mantinha a clara perspectiva de Davi em tempos de angústia era a percepção sólida da verdade sobre Deus. Davi sabia certos fatos sobre o caráter de Deus e sobre como Deus opera, e Davi se firmava nesses fatos mesmo quando as circunstâncias aparentavam contradizê-los. Esta é uma boa definição de fé, a propósito – estar convencido de certos fatos porque Deus disse que são assim, não porque a situação imediata o diz. [...] Em quais verdades sobre Deus você se agarra quando o inimigo ataca? Salmo 9 dá-nos um bom ponto de partida. Enquanto os inimigos continuarem vindo, o cristão continua orando” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).    


  Pe. João Bosco Vieira Leite