Segunda, 30 de outubro de 2017

(Rm 8,12-17; Sl 67[68]; Lc 13,10-17) 
30ª Semana do Tempo Comum.

Na semana anterior falamos de como os salmos podem emprestar voz a Cristo em seu diálogo com o Pai. O segundo caminho para cristificar os salmos é colocar a Cristo no “tu” do salmo. Como havíamos dito anteriormente, cristificar “por cima”. O fiel ou a própria Igreja toma a palavra do salmista que se dirige a Deus, tomando-o pelo próprio Jesus. Assim, as primeiras comunidades cristãs professavam de modo implícito, porém inequívoco, sua fé na divindade de Jesus. Assim podemos verificar nesses salmos o seu correspondente no Novo Testamento: Sl 2,8-9 (Ap 2,26-27; 19,15); 7,10 (Ap 23); 8,3 (Mt 21,26); 18,3(Lc 1,69) etc.

O nosso salmo 68 (vv. 2-4.6-7.20-21) pouco se coaduna com o texto proposto da primeira leitura, mas expressa a alegria de ter a Deus como aquele que é força protetora e em quem colocamos nossa confiança filial. Texto atribuído a Davi. Prestemos atenção aos nomes e títulos que ele atribui a Deus. Qual deles você usaria para sua oração pessoal? “A Igreja primitiva lia este salmo como um prenuncio da ressurreição e ascensão de Jesus. O glorioso governo de Deus sobre seu povo e, por fim, sobre toda a terra se cumprirá em Deus Filho. O apóstolo Paulo refere-se ao salmo 68,18 em Efésios 4,8-13 como uma imagem da exaltação de Jesus em majestade ao lugar mais alto de autoridade. Jesus é o Deus que salva! Jesus é o Senhor soberano!” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).     


 Pe. João Bosco Vieira Leite