(Rm 4,20-25; Sl Lc 1; Lc 12,13-21)
29ª Semana do Tempo Comum.
Se na sua oração pessoal você se dedica
a procurar um versículo em particular e nele se aprofunda e tenta memoriza-lo,
não julgue que esteja perdendo tempo: “É comum nos queixarmos das
distrações na oração, mas talvez tivéssemos que aprender a nos ‘distrair’ desse
modo. [...] Na catequese dos salmos, um exercício bastante prático será
procurar por versículos aplicáveis a diferentes finalidades ou situações. Com
que frase de salmo você celebraria o Natal?, um casamento, uma primeira
comunhão? Com qual delas daria os pêsames por uma perda familiar? Que versículo
poderia ser posto à porta da casa, no sacrário ou na sala de jantar?”
(Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).
Ainda na reflexão sobre a fé de Abraão,
o nosso salmo vem do Novo Testamento, do Cântico de Zacarias (Lc 1, 68-75),
para reforçar o pensamento paulino. Em Cristo se cumprirão as promessas
salvíficas dirigidas a Abraão, para confirmar que o Novo Testamento é o
cumprimento daquilo que o Antigo Testamento anunciou. “A história de
Abraão ensinou que o elemento fundamental para estarmos em relação com Deus é a
fé, ou seja, a atitude de abertura à sua atuação. Ora esta mesma fé é interpelada
a reconhecer que a obra definitiva do Senhor coincide com o mistério pascal do
Filho. Abrir-se àquilo que Deus faz na Cruz e ressurreição do Filho é acreditar
que n’Ele somos acolhidos incondicionalmente, e que Jesus ressuscitado continua
a ser intermediário da nossa relação com o Senhor. Acreditar em Deus significa,
por isso, necessariamente, acreditar no seu Filho Jesus, Nosso Senhor” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite