Segunda, 23 de outubro de 2017

(Rm 4,20-25; Sl Lc 1; Lc 12,13-21) 
29ª Semana do Tempo Comum.

Se na sua oração pessoal você se dedica a procurar um versículo em particular e nele se aprofunda e tenta memoriza-lo, não julgue que esteja perdendo tempo: “É comum nos queixarmos das distrações na oração, mas talvez tivéssemos que aprender a nos ‘distrair’ desse modo. [...] Na catequese dos salmos, um exercício bastante prático será procurar por versículos aplicáveis a diferentes finalidades ou situações. Com que frase de salmo você celebraria o Natal?, um casamento, uma primeira comunhão? Com qual delas daria os pêsames por uma perda familiar? Que versículo poderia ser posto à porta da casa, no sacrário ou na sala de jantar?”  (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

Ainda na reflexão sobre a fé de Abraão, o nosso salmo vem do Novo Testamento, do Cântico de Zacarias (Lc 1, 68-75), para reforçar o pensamento paulino. Em Cristo se cumprirão as promessas salvíficas dirigidas a Abraão, para confirmar que o Novo Testamento é o cumprimento daquilo que o Antigo Testamento anunciou. “A história de Abraão ensinou que o elemento fundamental para estarmos em relação com Deus é a fé, ou seja, a atitude de abertura à sua atuação. Ora esta mesma fé é interpelada a reconhecer que a obra definitiva do Senhor coincide com o mistério pascal do Filho. Abrir-se àquilo que Deus faz na Cruz e ressurreição do Filho é acreditar que n’Ele somos acolhidos incondicionalmente, e que Jesus ressuscitado continua a ser intermediário da nossa relação com o Senhor. Acreditar em Deus significa, por isso, necessariamente, acreditar no seu Filho Jesus, Nosso Senhor” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).


  Pe. João Bosco Vieira Leite