(Rm 1,1-7; Sl 97[98]; Lc 11,29-32)
28ª Semana do Tempo Comum.
“Os salmos não são
textos redigidos artificialmente, mas gritos que nasceram de situações bastante
reais. Não devemos imaginar o salmista como um escritor moderno que em sua mesa
de trabalho, rabisca uma folha de papel uma poesia mais ou menos bela do ponto
de vista literário, e inclusive dotada de fervor religioso. Os salmos não
costumam refletir fatos, mas expressar sentimentos ou atitudes religiosas, e
por isso perdemos seu ponto de partida nos fatos. Obviamente esses sentimentos
ou atitudes correspondem a situações ou problemas reais, mas esta problemática
de base não costuma ser explicitada. Os títulos bíblicos procuram suprir essa
carência, geralmente referindo os salmos a diversos momentos da vida de Davi.
Neste sentido eles são um exemplo para nós, mas já sabemos que não são
historicamente dignos de confiança” (Hilar Raguer – Para
Compreender os Salmos – Loyola).
Iniciando a leitura da carta aos
Romanos, a liturgia nos convida ao louvor do Senhor com o salmo 98 (vv. 1-4),
pois Paulo reconhece a graça da vocação que o levou a anunciar a todos os povos
as maravilhas de Deus realizadas em e por Jesus Cristo: “A mesma onda
de louvor que encontramos no salmo 98 ressoa por todo o Novo Testamento também.
Em Apocalipse 5, Jesus, o Cordeiro de Deus, recebe autoridade para reivindicar
a Criação de Deus da maldição do pecado e da morte. Quando Jesus recebe essa
comissão do Pai, multidões de cristãos unem-se no céu em um grito de alegria.
Então, milhões de anjos juntam-se ao coro de louvor. Por fim, toda a criação
ressoa com louvor e adoração a Deus e ao Cordeiro: ‘Àquele que está assentado
no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o
sempre’ (v. 13)” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender
Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite