Segunda, 16 de outubro de 2017

(Rm 1,1-7; Sl 97[98]; Lc 11,29-32) 
28ª Semana do Tempo Comum.

“Os salmos não são textos redigidos artificialmente, mas gritos que nasceram de situações bastante reais. Não devemos imaginar o salmista como um escritor moderno que em sua mesa de trabalho, rabisca uma folha de papel uma poesia mais ou menos bela do ponto de vista literário, e inclusive dotada de fervor religioso. Os salmos não costumam refletir fatos, mas expressar sentimentos ou atitudes religiosas, e por isso perdemos seu ponto de partida nos fatos. Obviamente esses sentimentos ou atitudes correspondem a situações ou problemas reais, mas esta problemática de base não costuma ser explicitada. Os títulos bíblicos procuram suprir essa carência, geralmente referindo os salmos a diversos momentos da vida de Davi. Neste sentido eles são um exemplo para nós, mas já sabemos que não são historicamente dignos de confiança” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

Iniciando a leitura da carta aos Romanos, a liturgia nos convida ao louvor do Senhor com o salmo 98 (vv. 1-4), pois Paulo reconhece a graça da vocação que o levou a anunciar a todos os povos as maravilhas de Deus realizadas em e por Jesus Cristo: “A mesma onda de louvor que encontramos no salmo 98 ressoa por todo o Novo Testamento também. Em Apocalipse 5, Jesus, o Cordeiro de Deus, recebe autoridade para reivindicar a Criação de Deus da maldição do pecado e da morte. Quando Jesus recebe essa comissão do Pai, multidões de cristãos unem-se no céu em um grito de alegria. Então, milhões de anjos juntam-se ao coro de louvor. Por fim, toda a criação ressoa com louvor e adoração a Deus e ao Cordeiro: ‘Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre’ (v. 13)” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).    


 Pe. João Bosco Vieira Leite