(At 1,12-14; Sl Lc 1; Lc 1,26-38)
Nossa Senhora do Rosário.
“O Saltério deveria
ser muito precioso e querido para nós, ainda que fosse apenas pela razão de
anunciar com a maior clareza a morte e a ressurreição de Cristo, e de
prefigurar seu Reino e o estado e a vida de todo o cristianismo. Ele merece o
título de pequena Bíblia, já que encerra em belíssima síntese todo o conteúdo
da Bíblia, transformado e convertido em um magnífico enchiridion, ou
manual. Creio que o Espírito Santo quis tomar para si mesmo o trabalho de
compor uma Bíblia abreviada e um livro de exemplos referentes a todo o
cristianismo, a todos os santos, a fim de que, se alguém se encontra na
impossibilidade de ler a Bíblia inteira, tenha ao menos no Saltério quase toda
a soma das Escrituras, resumidas em um pequeno livro” (Martinho
Lutero in Hilar Raguer – Para Compreender os
Salmos – Loyola).
O canto do Magnificat serve de
referência para o texto dos Atos que recorda a presença de Maria junto aos
Apóstolos nos eventos que antecederam o dia Pentecostes, como aquela que intercede
com e pela Igreja peregrina. A reação de Maria diante das maravilhas
operadas por Deus em sua vida é um cântico de louvor e gratidão, movida pela
ação do Espírito Santo. Nesse canto encontramos com os seus sentimentos mais
íntimos diante de Deus, diante dela mesma e diante da história do seu povo. A
exemplo de Maria e com ela, pela oração do terço, mantemos esse clima constante
de oração, ação de graças e intercessão pelas necessidades do mundo e da
Igreja.
Pe. João Bosco Vieira Leite