Sábado, 07 de outubro de 2017

(At 1,12-14; Sl Lc 1; Lc 1,26-38) 
Nossa Senhora do Rosário.

“O Saltério deveria ser muito precioso e querido para nós, ainda que fosse apenas pela razão de anunciar com a maior clareza a morte e a ressurreição de Cristo, e de prefigurar seu Reino e o estado e a vida de todo o cristianismo. Ele merece o título de pequena Bíblia, já que encerra em belíssima síntese todo o conteúdo da Bíblia, transformado e convertido em um magnífico enchiridion, ou manual. Creio que o Espírito Santo quis tomar para si mesmo o trabalho de compor uma Bíblia abreviada e um livro de exemplos referentes a todo o cristianismo, a todos os santos, a fim de que, se alguém se encontra na impossibilidade de ler a Bíblia inteira, tenha ao menos no Saltério quase toda a soma das Escrituras, resumidas em um pequeno livro” (Martinho Lutero in Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

O canto do Magnificat serve de referência para o texto dos Atos que recorda a presença de Maria junto aos Apóstolos nos eventos que antecederam o dia Pentecostes, como aquela que intercede com e pela Igreja peregrina.  A reação de Maria diante das maravilhas operadas por Deus em sua vida é um cântico de louvor e gratidão, movida pela ação do Espírito Santo. Nesse canto encontramos com os seus sentimentos mais íntimos diante de Deus, diante dela mesma e diante da história do seu povo. A exemplo de Maria e com ela, pela oração do terço, mantemos esse clima constante de oração, ação de graças e intercessão pelas necessidades do mundo e da Igreja. 


 Pe. João Bosco Vieira Leite