Terça-feira, 18 de agosto de 2015


(Jz 6,11-24; Sl 84[85]; Mt 19,23-30) 20ª Semana do Tempo Comum


Eis na 1ª leitura a escolha de um juiz para combater pelo povo de Deus. O chamado segue um esquema próprio do Antigo Testamento, com dúvidas, alegação de ser pequeno, frágil, indigno etc., mas depois vem a promessa da força de Deus que estará com o escolhido.

A escolha de Gedeão não é nada comparada ao que virá depois na narrativa quando Gedeão forma um grande exercício e Deus o faz reduzir a 300 soldados para mostrar a Sua força, Sua grandeza e para que o homem não possa atribuir a si o que na realidade vem de Deus. “Quando sou fraco, então é que sou forte”. Esta expressão paulina serve de chave de interpretação para a aventura de Gedeão e também para não nos lamentarmos quando as dificuldades parecem maiores do que o que somos capazes. É hora de confiar e fazer o que devemos fazer da melhor maneira possível e deixar o resto com Deus, Ele manifestará a sua força e a sua bondade, e dará fecundidade apostólica ao nosso esforço, por menor que ele possa parecer.

O evangelho nos recorda uma expressão ouvida também por Maria: “Para Deus nada é impossível”. Assim se vêm os discípulos diante das palavras de Jesus sobre o jovem rico e a própria pequenez destes diante da proposta salvífica. Quando se busca a graça de Deus, tudo é possível. Nele se perder, Nele confiar.


Pe. João Bosco Vieira Leite