(Jz 6,11-24; Sl 84[85]; Mt
19,23-30) 20ª Semana do Tempo Comum
Eis na 1ª leitura a escolha de um juiz para combater pelo
povo de Deus. O chamado segue um esquema próprio do Antigo Testamento, com
dúvidas, alegação de ser pequeno, frágil, indigno etc., mas depois vem a
promessa da força de Deus que estará com o escolhido.
A escolha de Gedeão não é nada comparada ao que virá depois
na narrativa quando Gedeão forma um grande exercício e Deus o faz reduzir a 300
soldados para mostrar a Sua força, Sua grandeza e para que o homem não possa
atribuir a si o que na realidade vem de Deus. “Quando sou fraco, então é que
sou forte”. Esta expressão paulina serve de chave de interpretação para a
aventura de Gedeão e também para não nos lamentarmos quando as dificuldades
parecem maiores do que o que somos capazes. É hora de confiar e fazer o que
devemos fazer da melhor maneira possível e deixar o resto com Deus, Ele
manifestará a sua força e a sua bondade, e dará fecundidade apostólica ao nosso
esforço, por menor que ele possa parecer.
O evangelho nos recorda uma expressão ouvida também por
Maria: “Para Deus nada é impossível”. Assim se vêm os discípulos diante das
palavras de Jesus sobre o jovem rico e a própria pequenez destes diante da
proposta salvífica. Quando se busca a graça de Deus, tudo é possível. Nele se
perder, Nele confiar.
Pe. João Bosco Vieira Leite