Quarta-feira, 05 de agosto de 2015


(Nm 13, 1-2.25—14,1.26-30.34-35; 105[106]; Mt 15,21-28)


Nesse texto entrecortado da 1ª leitura aparece a comprovação de que aterra prometida é também uma terra a ser conquistada, só que eles esquecem com Quem essa conquista será realizada, medem as próprias forças e se rebelam, como se tivessem caído numa armadilha. No nosso caminhar na fé, quando as coisas se complicam, tal sentimento pode se tornar presente. Para muitos é difícil perseverar no ideal em meio às dificuldades, muitas vezes porque nossa confiança não está em Deus, mas no nosso próprio desempenho ou daquele que está à frente. A perseverança é um dom precioso, devemos cultivá-la e pedir a Deus a constância, pois coisas mudam e nós também mudamos.

Quantos hoje não se casam, mas convivem simplesmente pela falta de coragem de comprometer-se com um matrimônio indissolúvel: não acreditam na graça de Deus. E o divórcio é a resposta, em algumas situações, para a incapacidade de manter-se firme pois julga que os desafios sejam grandes demais.


A falta de fé “fere” o coração de Deus, e o autor sagrado justifica esse longo período no deserto como uma iniciativa do próprio Deus para purificar uma geração.  O salmo lembra esse pecado, esse esquecimento de quem é Deus. Bem outra é a fé da mulher pagã no evangelho. Não tem direito a nada, ela reconhece; Jesus não lhe promete nada, mas na sua insistência plena de fé obtém a cura da filha e o elogio do Senhor. Os textos nos convidam a refletir sobre o quanto nossa fé se apoia em Deus e quanto somos capazes de saber do que Ele é capaz e que por isso insistimos, perseveramos no que nos é proposto. Amém.

Pe. João Bosco Vieira Leite