Sexta-feira, 21 de agosto de 2015


(Rt 1,1.3-6.14-16.22; Sl 145[146]; Mt 22,34-40) 
São Pio X- co-padroeiro da Arquidiocese de Aracaju.


A 1ª leitura nos oferece um pequeno trecho do também pequeno livro de Ruth (apenas 4 capítulos). Esta narra a história de Ruth, uma mulher estrangeira que desposa um jovem israelita emigrado com os pais para o país de Moab. Quando o jovem morre, Rute, em vez de refazer a sua vida com um homem da sua gente, prefere acompanhar a sogra, Noémi, no regresso à pátria, a Belém. Ali Deus a abençoa e faz-lhe encontrar um novo marido, entre os antigos parentes do primeiro esposo. Deste casamento nascerá um filho, que será o avô de Davi, o rei ideal de Israel. Seu nome vai figurar entre os antepassados de Jesus. Uma das grandes lições desse livro é o modo com essa estrangeira se abre e adere à fé no Deus de Israel, mas também um convite ao próprio povo de Israel a não fechar-se em si, mas compreender como Deus age a partir de novas situações, permitindo uma ação sempre maior de sua misericórdia.

O evangelho de hoje traz a resposta central da vivência cristã a quem, em meio a tantos mandamentos, gostaria de saber a sua essência. É surpreendente que Jesus não tome nenhum dos dez mandamentos como referência mais cite o livro do Deuteronômio e o Levítico, criando assim uma síntese de certo modo já conhecida, mas que ganha especial conotação nos lábios de Jesus.


O amor a Deus é algo dinâmico, nunca realizado plenamente porque será sempre crescente e ao mesmo tempo desafiador, pois Jesus junta a esse o amor ao próximo, porque amar a Deus, a princípio, parece fácil, como não amá-lo? Mas como amar esse ser imperfeito que é o meu próximo? No entanto, os dois mandamentos andam par a par e nos desafiam a crescer tanto em um como em outro, pois os dois se confundem, por absurdo que isso nos possa parecer... Como será que anda esse nosso amor a Deus?


Pe. João Bosco Vieira Leite