Quinta-feira, 13 de agosto de 2015


(Js 3,7-11.13-17; Sl 113A(114); Mt 18,21-191)


Na sequência que estamos acompanhando da sucessão de Josué a Moises, temos o episódio da travessia do Jordão com tons de recordação da travessia do Mar vermelho. A Arca, presença de Deus no meio do seu povo, ganha um especial destaque. As coisas parecem se repetir e ao mesmo tempo são diferentes, são novas, porque Deus não se repete. Nosso olhar “embaçado” pela rotina às vezes custa a ver o diferente contido no cotidiano da existência, da criação que nos cerca em sua explosão de cores e diversidades. Custamos até mesmo a perceber que nós não somos mais os mesmos.

A presença da Arca em meio ao povo nessa travessia, serve de sinal para quem haverá de vencer os obstáculos para a posse definitiva da nova terra: a presença de Deus e a união com Ele. A Arca traz em si as tábuas da Aliança, onde a vontade de Deus se expressava em seu caráter de amor e liberdade. Todo amor traz consigo suas exigências e é preciso estar atento às suas necessidades.

Pedro sentiu o peso em seu coração ao ouvir de Jesus sobre a necessidade do perdão contínuo na vida comunitária. O amor tem suas exigências e que nos levar para além daquilo que pensávamos ser o máximo que podíamos ir. Não esqueçamos que a “travessia” não se dá por um esforço pessoal, mas pela presença do Amado que quer nos guiar à outra margem. Deus abençoe o seu dia e fortaleça o seu coração.


Pe. João Bosco Vieira Leite