(Dt 34,1-12; Sl 65[66]; Mt
18,15-20)
A primeira leitura nos remete à morte de Moisés, a sucessão
por parte de Josué e o grande elogio que se eleva a Moisés por sua missão, nos
chama a atenção no texto. Caberá a Josué a introdução do povo na terra
prometida, assim esse grande final serve de ponte ao que virá. A história do
povo de Deus é feita de recomeços constantes e de reafirmações da presença de
Deus entre eles.
Assim Jesus nos lembra que onde dois ou mais estiverem
reunidos, ele se faz presença. A habitação de Deus é antes de tudo a comunidade
dos crentes reunida. A presença de Deus
é sempre uma relação entre pessoas e toda a relação, fora aquela que Deus tem
no mistério de Si mesmo, não está isenta de conflito, por isso o esforço
contínuo para restabelecer a comunhão. Toda divisão cria um obstáculo à
presença do Senhor.
Toda ação deve ser discreta, só envolvendo a comunidade em
última instância, porque assim ficará evidente que a rejeição não é a uma
pessoa tão somente, mas ao espírito de comunhão que a comunidade representa e
que é rejeitado pela incapacidade de reconciliação.
O texto salienta que tudo foi tentado. Aqui se respeita a
liberdade e se aceita, com toda dor que isso pode causar, o afastamento do
irmão, para que se restabeleça a comunhão perdida momentaneamente. Algumas
decisões na vida comunitária e pessoal são difíceis, mas é preciso sempre
avaliar dentre as atitudes que devemos tomar quando o ideal não é possível,
aquilo que chamamos de “um mal menor”, pois toda decisão de afastamento ou
rejeição será sempre um mau.
Pe. João Bosco Vieira Leite