Quarta, 12 de agosto de 2015


(Dt 34,1-12; Sl 65[66]; Mt 18,15-20)


A primeira leitura nos remete à morte de Moisés, a sucessão por parte de Josué e o grande elogio que se eleva a Moisés por sua missão, nos chama a atenção no texto. Caberá a Josué a introdução do povo na terra prometida, assim esse grande final serve de ponte ao que virá. A história do povo de Deus é feita de recomeços constantes e de reafirmações da presença de Deus entre eles.

Assim Jesus nos lembra que onde dois ou mais estiverem reunidos, ele se faz presença. A habitação de Deus é antes de tudo a comunidade dos crentes reunida.  A presença de Deus é sempre uma relação entre pessoas e toda a relação, fora aquela que Deus tem no mistério de Si mesmo, não está isenta de conflito, por isso o esforço contínuo para restabelecer a comunhão. Toda divisão cria um obstáculo à presença do Senhor.

Toda ação deve ser discreta, só envolvendo a comunidade em última instância, porque assim ficará evidente que a rejeição não é a uma pessoa tão somente, mas ao espírito de comunhão que a comunidade representa e que é rejeitado pela incapacidade de reconciliação.


O texto salienta que tudo foi tentado. Aqui se respeita a liberdade e se aceita, com toda dor que isso pode causar, o afastamento do irmão, para que se restabeleça a comunhão perdida momentaneamente. Algumas decisões na vida comunitária e pessoal são difíceis, mas é preciso sempre avaliar dentre as atitudes que devemos tomar quando o ideal não é possível, aquilo que chamamos de “um mal menor”, pois toda decisão de afastamento ou rejeição será sempre um mau.

Pe. João Bosco Vieira Leite