Quinta-feira, 20 de agosto de 2015


(Jz 11,29-39; Sl 39[40]; Mt 22,1-14) 
São Bernardo, abade e doutor


Eis um texto difícil de entender, esse da 1ª leitura, pois o Antigo Testamento, Deus por consequência, não admitia os sacrifícios humanos, praticados por alguns povos vizinhos. O final da narrativa é comovente, pois sendo filha única não poderá deixar descendência. Não podemos ser exatos se o texto vai contra o uso pagão dos sacrifícios humanos ou simplesmente denuncia a crueldade humana. Diz a bíblia do Peregrino: “A filha de Jefté e suas companheiras ainda continuam vagando pelos montes”.

Esse texto nos coloca atentos ao que prometemos a Deus e o que Deus, de fato, gostaria de receber da nossa parte como oferenda e reconhecimento de seu amor. Só quem aprendeu a escutar de fato a Palavra de Deus por Jesus encontrará o atual discernimento necessário.


Jesus continua fazendo suas comparações a respeito do Reino de Deus e esta parábola tem um final inesperado com esse convidado que não porta o traje da festa. A lógica da narrativa nos levaria a crer que o mesmo não teve o tempo devido e a sua expulsão seria uma injustiça. Mas lendo na perspectiva do Reino e da proposta de Jesus e do pensamento Paulino, é necessário “revestir-se” de um outro modo de ser e viver para entrar na verdadeira dinâmica do Reino, na festa que Deus mesmo quer nos oferecer nas núpcias do Cordeiro. Que esforço tenho feito para revestir-me de uma verdadeira vida cristã?


Pe. João Bosco Vieira Leite