Segunda-feira, 31 de agosto de 2015


(1Ts 4,13-18; Sl 95[96]; Lc 4,16-30) 22ª Semana do Tempo Comum.


O texto que nos é oferecido como 1ª leitura trata do mistério central da nossa fé e que esteve presente também na pregação de Paulo: A ressurreição de Cristo. Sobre esta afirmação Paulo amplia sua reflexão para dizer que, por causa de Cristo, nós também ressuscitaremos.  Se os seus ouvintes ou leitores tinham alguma dúvida sobre o destino final dos que nele morrerem, fica a afirmação: com Cristo ressuscitaremos.

Agora iniciamos a leitura do evangelho de Lucas e somos lançados, por assim dizer, ao início de sua missão. Estamos em Nazaré, ele é reconhecido e acolhido por seus conterrâneos. A partir do texto de Isaias ele apresenta seu itinerário. É bem provável que Jesus percebe no coração dos seus ouvintes um estranho desejo que aquele cuja fama de milagres o precede, faça ali tantos milagres como fez em outros lugares. Parece que um certo desejo de “posse” ou privilégio se esconde no acolhimento e no maravilhar-se com suas palavras.

Jesus vai na contra mão dos seus desejos e de repente muda também os sentimentos. O afeto possessivo vira ódio violento. Querem matá-lo. Essa experiência de mudança brusca de sentimentos já vimos em alguns dramas passionais, quanto mais forte é o afeto possessivo, tanta mais violenta é a reação contrária.


A questão não é ter Jesus, mas ser com Jesus, não fazendo dele uma posse nossa a satisfazer nossos desejos pessoais, mas comungar de sua alegria, também da Igreja, de sua palavra e de sua graça chegar também a outros. Ao terminar esse mês vocacional rezemos por todos aqueles que de forma mais engajada estão comprometidos com a evangelização.

Pe. João Bosco Vieira Leite