(Is 9,1-6; Sl 112[113]; Lc
1,26-38)
Memória de N. Sra. Rainha
Oito dias depois de celebramos a Assunção de Maria (15 de
agosto), a Igreja a contempla como Rainha do céu e da terra. Esta memória foi
instituída por Pio XII em 1954. O mistério celebrado é a estreita ligação que
une o Filho e a Mãe; foi o amor filial de Jesus que quis a glorificação da Mãe
e por consequência essa comunhão também com o mistério do Reino; cabe-lhe um
lugar de preeminência no “Reino dos céus”, junto a Cristo Rei, participando não
só da sua realeza, mas também do fluxo vital e santificante do Redentor sobre a
Igreja.
A liturgia da palavra nos remete por Isaías ao tempo do
Natal, lembrando que Aquele que nos foi dado traz nos ombros a marca da realeza,
para dizer que Aquela por quem nos veio o Rei comunga dessa realeza. O
evangelho da anunciação nos coloca na sublimidade da vocação de Maria em gerar
Aquele cujo reino não terá fim.
“A realeza de Maria é penetrada inteiramente por esta suave
humildade, pela qual é muito mais Mãe que Rainha. Todavia, é Mãe-Rainha: sua
realeza é benigna e dulcíssima! Dela se vale para trazer aos homens a salvação
merecida pelo Filho. Sua materna realeza torna-a poderosa sobre o Coração de
Jesus, para obter graças de conversão e de perdão. Poderosa para reconduzir os
pecadores, sustentar os fracos, infundir coragem aos desanimados, força aos
perseguidos, para atrair os afastados e dispersos”. (Gabriel de Sta. Madalena, OCD in “Intimidade
Divina”). Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!
Pe. João Bosco Vieira Leite