Segunda-feira, 10 de Agosto de 1015


(2Cor 9,6-10; Sl 111[112]; Jo 12,24-26) – Festa de São Lourenço, diácono e mártir (+258)


Nessa festa de São Lourenço a Igreja faz memória do ministério diaconal, particularmente dos diáconos permanentes, presentes em muitas comunidades do nosso país e do mundo. São homens, em sua maioria casados, que se dispuseram a colaborar com o trabalho de evangelização da nossa Igreja através do primeiro grau do sacramento da Ordem. Celebram o batismo, assistem aos matrimônios, amparam os enfermos e podem acompanhar as exéquias. Mas isso é uma participação na dimensão litúrgica que não os limita para outras atividades, pois a grande ênfase da Palavra nesse dia é a doação de si, a generosidade que marca uma existência e a atenção aos pobres, marca comum a todos os cristãos, nos lembra o Papa.

Paulo diz que dar aos pobres é investir na graça de Deus, a “colheita” não se reduz ao plano material. Deus é louvado em cada ação praticada em favor dos seus “pequeninos”. Madre Teresa de Calcutá dizia que os pobres nos ajudam permitindo ajuda-los. É um mistério que experimentamos sob o plano da graça, onde o doador se enriquece. O salmista enfatiza que o homem caridoso e prestativo não vacila pois sua confiança está em Deus que o tem sob seus olhos.

Lourenço é um santo que traz consigo muitas lendas, mas chamou a atenção dos seus contemporâneos o modo como suportou o martírio em meio a perseguição aos cristãos daquela época. É dessa semente lançada por terra que nos fala o evangelho, que não se apegou à sua vida, mas fez dela semente de novos cristãos, pelo sua coragem e testemunho.


Duas coisas: como está a nossa atenção para com os pobres que nos cercam? Até que ponto meu testemunho de fé, sem exibicionismo, tem chamado a atenção dos outros no sentido de perseverança e certeza no que acredito? 

Pe. João Bosco Vieira Leite