Sábado, 29 de agosto de 2015


(Jr 1,17-19; Sl 70[71]; Mc 6,17-29)
Martírio de São João Batista, memória.


De João, o Precursor, a Igreja celebra o nascimento e a sua morte. Por aqui já percebemos a importância do mesmo na história da salvação. A data estabelecida para essa celebração não é a do martírio em si, mas de relíquias do mesmo que foram encontradas. A vida que este santo precursor de Cristo levou no deserto fascinou os antigos monges, que o escolheram como modelo em seus eremitérios.

A liturgia da Palavra se ilumina com este texto de Jr na sua missão, na austeridade e na presença de Deus em sua vida. O salmo expressa a confiança de João no Senhor, sua verdadeira força e proteção desde o seio materno. Por fim, no evangelho, encontramos a narrativa de sua morte por mão de Herodes numa estúpida promessa em uma festa. Mas sua morte traz consigo o selo da fidelidade a Deus ao denunciar que o comportamento de Herodes era reprovável; ele é que, na realidade, estava preso nas suas próprias paixões desordenadas.

Na figura de João muitos elementos bíblicos se misturam, desde a sua escolha e consagração já no ventre materno, a vida de penitência que caracterizou o seu tempo no deserto, sua missão de pregador, seu testemunho a respeito de Jesus. Peçamos ao Senhor pela sua intercessão a coragem de vivermos também a nossa fé nos compromissos do dia a dia. Que seu exemplo profético ilumine também a nossa Igreja no seu testemunho.


“Voz que clama no deserto: voz de alguém que rompe o silêncio. ‘preparai os caminhos do Senhor’. Como se quisesse dizer: eu vou trovejando para introduzi-lo nos corações, mas não encontrarei um coração no qual ele se digne entrar, se não preparardes o caminho...” (Santo Agostinho)


Pe. João Bosco Vieira Leite