(2Pd 3,12-15.17-18; Sl 90[89]; Mc 12,13-17)
9ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus disse: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’.
E eles ficaram
admirados com Jesus” Mc 12,17.
“A Palestina no tempo
de Jesus estava sob o domínio do Império Romano. A moeda vigente era a romana,
na qual havia a imagem do Imperador César, apontado como deus. Isso era
intolerável para os judeus. Era também revoltante terem de pagar impostos ao
imperador. Essa realidade política ensejou aos inimigos de Jesus a armar-lhe
uma cilada. Organizaram um grupo composto de discípulos dos fariseus e de
herodianos e foram perguntar a Jesus se era ou não lícito pagar tributos a
César. Se Jesus respondesse que era lícito, estaria se colocando ao lado dos
publicanos – os arrecadadores de impostos tão odiados pelo povo e estaria, mais
ainda, controlando o sentido teocrático nacional de Israel. Se respondesse que
não era lícito, poderia ser acusado de estar preparando uma revolta contra o
poder de Roma. Mas a pretensão desses provocadores se esfacelou perante a
sabedoria do Divino Mestre. Jesus deu uma resposta satisfatória.
Pediu-lhes que mostrassem uma das moedas. E lhes apresentaram um denário. Nela
estava a efigie do imperador. ‘De quem é esta imagem e esta inscrição que aqui
está?’, perguntou-lhes Jesus. E lhe responderam: ‘De César’. ‘Então – declarou
Jesus – dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’. Houve
admiração. Dar a César hoje envolve nossas responsabilidades com a pátria civil.
Dar atenção à Constituição Nacional. Viver a vida pública de forma ordeira e
justa. Pagar corretamente os devidos impostos. Viver democraticamente. Dar a
Deus implica viver uma vida de sacrifício vivo, santo e agradável a Ele. Vida
de arrependimento e fé. Trazer a Ele nossas ofertas, nosso culto de adoração.
Servi-lo com dedicação e proclamar o Reino. – Os bens que vêm de ti nos
fazem administrar o que de melhor podemos te dar. Amém” (Arnaldo
Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).
Santo do Dia:
Santos Marcelino e
Pedro, mártires. Sem data precisa, Marcelino e Pedro fazem parte dos
primeiros tempos do cristianismo. Marcelino era presbítero e Pedro era
exorcista. Segundo o papa Dâmaso, os dois teriam sido decapitados no centro de
um bosque justamente para ficar nenhuma lembrança, mas seu carrasco tornou-se
cristão e revelou o local; no lugar do seu martírio foi edificada, tempos
depois, uma igreja. Seus nomes constam no Cânon Primeiro da missa,
assegurando-lhes assim a lembrança e a devoção da parte dos fiéis. Teriam sido
vítimas da perseguição de Diocleciano. Na prisão o seu zelo obteve a conversão
do guarda Arthemius e da sua família que tempos depois também foram
martirizados.
Pe. João Bosco Vieira Leite