Terça, 02 de junho de 2020

(2Pd 3,12-15.17-18; Sl 90[89]; Mc 12,13-17) 

9ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus disse: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’.

E eles ficaram admirados com Jesus” Mc 12,17.

“A Palestina no tempo de Jesus estava sob o domínio do Império Romano. A moeda vigente era a romana, na qual havia a imagem do Imperador César, apontado como deus. Isso era intolerável para os judeus. Era também revoltante terem de pagar impostos ao imperador. Essa realidade política ensejou aos inimigos de Jesus a armar-lhe uma cilada. Organizaram um grupo composto de discípulos dos fariseus e de herodianos e foram perguntar a Jesus se era ou não lícito pagar tributos a César. Se Jesus respondesse que era lícito, estaria se colocando ao lado dos publicanos – os arrecadadores de impostos tão odiados pelo povo e estaria, mais ainda, controlando o sentido teocrático nacional de Israel. Se respondesse que não era lícito, poderia ser acusado de estar preparando uma revolta contra o poder de Roma. Mas a pretensão desses provocadores se esfacelou perante a sabedoria do Divino Mestre. Jesus deu uma resposta satisfatória.  Pediu-lhes que mostrassem uma das moedas. E lhes apresentaram um denário. Nela estava a efigie do imperador. ‘De quem é esta imagem e esta inscrição que aqui está?’, perguntou-lhes Jesus. E lhe responderam: ‘De César’. ‘Então – declarou Jesus – dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’. Houve admiração. Dar a César hoje envolve nossas responsabilidades com a pátria civil. Dar atenção à Constituição Nacional. Viver a vida pública de forma ordeira e justa. Pagar corretamente os devidos impostos. Viver democraticamente. Dar a Deus implica viver uma vida de sacrifício vivo, santo e agradável a Ele. Vida de arrependimento e fé. Trazer a Ele nossas ofertas, nosso culto de adoração. Servi-lo com dedicação e proclamar o Reino. – Os bens que vêm de ti nos fazem administrar o que de melhor podemos te dar. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santos Marcelino e Pedro, mártires. Sem data precisa, Marcelino e Pedro fazem parte dos primeiros tempos do cristianismo. Marcelino era presbítero e Pedro era exorcista. Segundo o papa Dâmaso, os dois teriam sido decapitados no centro de um bosque justamente para ficar nenhuma lembrança, mas seu carrasco tornou-se cristão e revelou o local; no lugar do seu martírio foi edificada, tempos depois, uma igreja. Seus nomes constam no Cânon Primeiro da missa, assegurando-lhes assim a lembrança e a devoção da parte dos fiéis. Teriam sido vítimas da perseguição de Diocleciano. Na prisão o seu zelo obteve a conversão do guarda Arthemius e da sua família que tempos depois também foram martirizados. 

Pe. João Bosco Vieira Leite