(Dt 7,6-11; Sl 102[103]; 1Jo 4,7-16; Mt 11,25-30)
Sagrado Coração de Jesus.
“Caríssimo, amemo-nos
uns aos outros, porque o amor vem de Deus
e todo aquele que ama
nasceu de Deus e conhece Deus” 1Jo4,7.
“A Primeira Carta de
João sabe apresentar harmoniosamente um argumento antes sob o ponto de vista
doutrinal, e depois sob o ponto de vista prático. É o que podemos extrair do
texto de hoje. Na primeira parte (vv. 7-10) o autor descreve o amor no seu
aspecto plenamente teológico, movimentando-se no plano da História da Salvação,
que exprime na Encarnação redentora de Jesus, enquanto fonte de vida divina. Na
segunda parte (vv. 11-16) concentra-se no aspecto atual e eclesial, ou seja, na
resposta que o crente deve dar a tanto amor. Alcançados e conquistados pelo
amor de Deus, devemos esforçar-nos no amor mútuo (cf. vv. 7.11.12), tal como
devemos acreditar ‘no amor que Deus nos tem’ (cf. v. 16) de modo a
permanecermos no amor. O Espírito Santo que nos foi dado atua para que
‘permaneçamos’ em Deus e Deus em nós (cf. v. 13), e verifica se se realiza esta
sublime imanência (cf. vv. 12.15.16). Deus concede-nos o Seu amor mediante
Jesus Cristo e move-nos interiormente com a ação do Espírito. A devoção ao
Sagrado Coração de Jesus, mediante o ‘Espírito’, consiste em receber muito
amor” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo
Comum] – Paulus).
Santo do Dia:
São Romualdo, abade. Pai dos
monges camaldulenses, desde muito jovem mostrou uma forte inclinação à vida
solitária e à oração, embora vivendo no meio de várias tentações e exemplos de
mundanismo, uma vez que era filho do duque de Ravena. Após haver professado a
regra cisterciense por três anos no mosteiro de santo Apolinário, não
satisfeito com aquela vida, aos vinte e três anos obteve a licença de viver
como eremita, sobre as colinas de Vêneto, em companhia do eremita Marino. A
partir daí passou a visitar outros locais onde vivam outros eremitas. Quando
voltou Ravena convenceu também seu pai a fazer-se monge, são Severo. Suas
peregrinações tinham escopo bem definido: a reforma dos mosteiros e dos
eremitérios, conforme o modelo dos antigos cenóbios orientais. Nasceu assim
entre as densas matas alpinas, às costas do alto Casentino, o ermo de
Camaldoli, que toma o nome de um terreno de um certo Máldolo, que fez presente
deste lugar ao homem de Deus em busca de solidão. Mesmo assim não deixou de seguir
suas peregrinações em busca de novas aventuras espirituais, reformando
mosteiros, e fundando outros novos. Morreu no dia 19 de junho de 1027.
Pe. João Bosco Vieira Leite