(1Rs 19,9.11-16; Sl 26[27]; Mt 5,27-32)
10ª Semana do Tempo Comum.
“Se o teu olho
direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De
fato, é melhor perder um de teus membros do que todo o teu corpo ser jogado no
inferno” Mt 5,29.
“O caminho para a
vida verdadeira em Deus comporta um caminho difícil, pois é radical, sem
cedências a objetivos indignos de uma sequela vivificada pela presença do
Senhor. Assim, o texto de hoje do Evangelho não só proíbe absolutamente que se
possa faltar à fidelidade conjugal, mesmo só com o coração, mas com uma
linguagem abertamente paradoxal exalta a salvação integral do homem, muito para
além da preservação da integridade do corpo: pode ser necessário perder alguma
coisa de si para não perder a si mesmo. Isto diz-nos claramente que a
finalidade autêntica da vida não é, na realidade, um ‘bem-estar’ obtido à força
de gratificações, mas a persecução de um valor que nos transcende e pelo qual
vale ainda a pena sacrificar muito – Senhor,
Deus fiel, que através das vicissitudes da vida nos concedeis sempre a Vossa
graça, tornai-nos fortes e decididos no caminho para que nada possa desviar-nos
do cumprimento da Vossa vontade” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum]
– Paulus).
Santo do Dia:
Gaspar de Búfalo, presbítero. Nasceu
em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quartieroni.
Ordenado sacerdote, tinha começado às ocultas sua obra de evangelização do povo
da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana.
Com armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu conter o impressionante
fenômeno do banditismo que proliferava nas periferias de Roma. Muitos outros
méritos teve este santo que o papa João XXIII definiu “glória toda
resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção do
Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810 Gaspar, com dois anos de
sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a
Napoleão. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar recebeu a
incumbência de Pio VII de se dedicar às missões populares pela restauração
religiosa e moral do Estado Pontifício. Fundou em 1815 a Congregação dos
Missionários do Preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado pela B. Maria de
Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Quando morreu
em Roma, a 28 de dezembro de 1837, São Vicente Pallotti, seu contemporâneo,
teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como estrela
luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo.
Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.
Pe. João Bosco Vieira Leite