Sexta, 12 de junho de 2020

(1Rs 19,9.11-16; Sl 26[27]; Mt 5,27-32) 

10ª Semana do Tempo Comum.

“Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros do que todo o teu corpo ser jogado no inferno” Mt 5,29.

“O caminho para a vida verdadeira em Deus comporta um caminho difícil, pois é radical, sem cedências a objetivos indignos de uma sequela vivificada pela presença do Senhor. Assim, o texto de hoje do Evangelho não só proíbe absolutamente que se possa faltar à fidelidade conjugal, mesmo só com o coração, mas com uma linguagem abertamente paradoxal exalta a salvação integral do homem, muito para além da preservação da integridade do corpo: pode ser necessário perder alguma coisa de si para não perder a si mesmo. Isto diz-nos claramente que a finalidade autêntica da vida não é, na realidade, um ‘bem-estar’ obtido à força de gratificações, mas a persecução de um valor que nos transcende e pelo qual vale ainda a pena sacrificar muito – Senhor, Deus fiel, que através das vicissitudes da vida nos concedeis sempre a Vossa graça, tornai-nos fortes e decididos no caminho para que nada possa desviar-nos do cumprimento da Vossa vontade (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum] – Paulus).

 

Santo do Dia:

Gaspar de Búfalo, presbítero. Nasceu em Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quartieroni. Ordenado sacerdote, tinha começado às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. Com armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu conter o impressionante fenômeno do banditismo que proliferava nas periferias de Roma. Muitos outros méritos teve este santo que o papa João XXIII definiu “glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção do Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810 Gaspar, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Libertado do cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar recebeu a incumbência de Pio VII de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Fundou em 1815 a Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado pela B. Maria de Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Quando morreu em Roma, a 28 de dezembro de 1837, São Vicente Pallotti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.  

 Pe. João Bosco Vieira Leite