(2Rs 19,9-11.14-21.31-36; Sl 47[48]; Mt 7,6.12-14)
12ª Semana do Tempo
Comum.
“Tudo quanto quereis
que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a lei e os
profetas”
Mt 7,12.
“Não é preciso tomar
todo o caldeirão de sopa para saber se o tempero está bom. Basta misturar bem e
experimentar uma pontinha de colher. Assim acontece com certos preceitos do
Evangelho. Eles misturam um pouco de tudo, um punhado de amor, uma pitada de
perdão, dois dedinhos de renúncia e assim por diante. Está aí um resumo de toda
a Escritura. Este preceito é bem uma inversão daquele outro, negativo, ‘não
faças aos outros o que não queres que te façam’. O positivo tem uma vantagem de
capital importância: coloca-nos a responsabilidade da iniciativa. Se alguém
deve começar a amar sou eu, como eu gostaria de ser amado. Agindo assim, somos
parecidos com Deus que nos amou primeiro, ainda quando estamos no pecado. O
Mestre já havia resumido ‘toda a Lei e os Profetas’ em apenas dois mandamentos:
o primeiro e o maior, amar a Deus de todo o coração; o segundo, semelhante ao
primeiro, amar ao próximo com a si mesmo. Aqui, por um momento, ele deixa até
de lado o primeiro, como a dizer: se a nossa religião não serve para nos
ensinar o amor, o respeito, a partilha, a justiça, a solidariedade, a alegria
de conviver entre os homens, então para que serve amar a Deus? Suspeito que as
nossas solenes liturgias, nossos cultos festivos, nossas lições de teologia
devem sempre ficar engasgados ao celebrar os dois milênios ouvindo a Lei e os
Profetas, ainda estamos na primeira lição. – Justo Juiz, Misericordioso
Senhor, nossa prova final já está preparada. ‘Eu tive fome e me deste de comer,
tive sede e me deste de beber...’ Muitos, segundo o Evangelho, ainda serão
pegos de surpresa: ‘quando foi, Senhor, que te vimos com fome?’ Dai-nos a
coragem de entender como nossa responsabilidade de tomar a iniciativa de
praticar gestos de amor. Amém” (João Bosco Barbosa – Graças
a Deus [1995] – Vozes).
Santo do Dia:
São José Cafasso, presbítero. Nascido
em Castelnuovo d’Asti, Itália, em 1811. De caráter reflexivo, manso, estudioso,
gostava de dedicar várias horas à meditação diante do Santíssimo. Contemporâneo
de Dom Bosco. Foi ordenado padre aos 22 anos. Era magro e encurvado por causa
de um desvio da espinha dorsal que o obrigava a estar inclinado também nas
poucas horas do dia que passava fora do confessionário. Morreu aos 49 anos em
1860. Declarado santo em 1947, foi declarado o patrono dos encarcerados e dos
condenados à pena capital, pois durante a vida tinha feito do cárcere o lugar
preferido para o seu apostolado sacerdotal.
Pe. João Bosco Vieira Leite