(Dt 8,2-3.14-16; Sl 147[147B]; 1Cor 10,16-17; Jo 6,51-58)
Corpo e
Sangue de Cristo.
“Porque há um só pão,
nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão” 1Cor 10,17.
“Ao falar do pão como
sinal de unidade, Jesus parece propor a familiaridade de quem partilha a mesa
como referência na construção de um mundo melhor. Todos os que lutam e assumem
esse projeto só têm força porque se alimentam lado a lado da mesma fonte. E
essa fonte é o próprio Deus. Não importam as diferenças, mas o que nos une. Não
se trata de uniformidade, pois justamente as diferenças que enriquecem e
possibilitam a caminhada. A menção ao pão também não deixa de se relacionar à
Eucaristia. Ação de graças pela vida ela mesma, pela disposição de, alimentados
na unidade, caminhamos. Eucaristizar todos os nossos atos, todas as nossas
decisões, fazendo com que tudo o que fazemos dê graças a Deus. O que alimenta e
dá forças é também o que une e dá sentido. O pão como alimento básico da
cultura judaica é assumido como necessidade também para a comunhão, para a fé,
para a experiência de Deus. Hoje, o que gera comunhão e unidade em nossa
caminhada? Conseguimos nos mobilizar em torno da mesa comum, como sinal de
partilha de vida e missão? Ou cada um procura caminhar e viver seus próprios
projetos e sonhos – Pai, Filho e Espírito Santo. Comunhão perfeita no
amor e doação. Tu és, Senhor, perfeita comunhão na dinâmica trinitária e
expressão máxima do ideal de vida do cristão. Queremos viver contigo, por ti e
em ti, Senhor, a fim de que aprendamos a reconhecer no irmão, especialmente no
sofredor, teu rosto compassivo. Amém!” (Clauzemir Makximovitz – Meditações
para o dia a dia[2017] – Vozes).
Santo do Dia:
São Barnabé, apóstolo. José,
chamado pelos apóstolos de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, levita,
natural de Chipre, tinha um sítio; vendeu-o e trouxe o dinheiro e o depôs aos
pés dos apóstolos. Assim no-lo apresentam os Atos dos Apóstolos. Fontes antigas
nos referem que Barnabé, chamado apóstolo pelos próprios Atos, embora não
pertencesse aos Doze, teria sido um dos setenta discípulos de que fala o
Evangelho. De qualquer modo é uma figura de primeira grandeza na fervorosa
comunidade cristã, que floresceu em Jerusalém após o dia de Pentecostes.
Barnabé era muito considerado entre os Apóstolos, que o escolheram para a
evangelização de Antioquia. Barnabé é o homem das felizes intuições. Em
Antioquia percebeu que aquele era o terreno preparado para receber a palavra de
Deus. Foi a Jerusalém relatar isso e pedir para levar consigo o recém
convertido Saulo. Começou assim a extraordinária dupla. Contentes por terem
aberto o caminho para o anúncio do Evangelho entre os pagãos, partiram para
outras incumbências. Paulo e Barnabé, duas personalidades diferentes, que se
completavam reciprocamente. Não temos notícia dele depois que separou-se de
Paulo, ficando em Chipre. Escritos apócrifos falam de uma viagem sua a Roma e
do seu martírio acontecido mais ou menos pelo ano 70, em Salamina, pelas mãos
dos judeus da diáspora, que o teriam apedrejado.
Pe. João Bosco Vieira Leite