Quinta, 11 de junho de 2020

(Dt 8,2-3.14-16; Sl 147[147B]; 1Cor 10,16-17; Jo 6,51-58) 

Corpo e Sangue de Cristo.

“Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão” 1Cor 10,17.

“Ao falar do pão como sinal de unidade, Jesus parece propor a familiaridade de quem partilha a mesa como referência na construção de um mundo melhor. Todos os que lutam e assumem esse projeto só têm força porque se alimentam lado a lado da mesma fonte. E essa fonte é o próprio Deus. Não importam as diferenças, mas o que nos une. Não se trata de uniformidade, pois justamente as diferenças que enriquecem e possibilitam a caminhada. A menção ao pão também não deixa de se relacionar à Eucaristia. Ação de graças pela vida ela mesma, pela disposição de, alimentados na unidade, caminhamos. Eucaristizar todos os nossos atos, todas as nossas decisões, fazendo com que tudo o que fazemos dê graças a Deus. O que alimenta e dá forças é também o que une e dá sentido. O pão como alimento básico da cultura judaica é assumido como necessidade também para a comunhão, para a fé, para a experiência de Deus. Hoje, o que gera comunhão e unidade em nossa caminhada? Conseguimos nos mobilizar em torno da mesa comum, como sinal de partilha de vida e missão? Ou cada um procura caminhar e viver seus próprios projetos e sonhos – Pai, Filho e Espírito Santo. Comunhão perfeita no amor e doação. Tu és, Senhor, perfeita comunhão na dinâmica trinitária e expressão máxima do ideal de vida do cristão. Queremos viver contigo, por ti e em ti, Senhor, a fim de que aprendamos a reconhecer no irmão, especialmente no sofredor, teu rosto compassivo. Amém! (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

 

Santo do Dia:

São Barnabé, apóstolo. José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, levita, natural de Chipre, tinha um sítio; vendeu-o e trouxe o dinheiro e o depôs aos pés dos apóstolos. Assim no-lo apresentam os Atos dos Apóstolos. Fontes antigas nos referem que Barnabé, chamado apóstolo pelos próprios Atos, embora não pertencesse aos Doze, teria sido um dos setenta discípulos de que fala o Evangelho. De qualquer modo é uma figura de primeira grandeza na fervorosa comunidade cristã, que floresceu em Jerusalém após o dia de Pentecostes. Barnabé era muito considerado entre os Apóstolos, que o escolheram para a evangelização de Antioquia.  Barnabé é o homem das felizes intuições. Em Antioquia percebeu que aquele era o terreno preparado para receber a palavra de Deus. Foi a Jerusalém relatar isso e pedir para levar consigo o recém convertido Saulo. Começou assim a extraordinária dupla. Contentes por terem aberto o caminho para o anúncio do Evangelho entre os pagãos, partiram para outras incumbências. Paulo e Barnabé, duas personalidades diferentes, que se completavam reciprocamente. Não temos notícia dele depois que separou-se de Paulo, ficando em Chipre. Escritos apócrifos falam de uma viagem sua a Roma e do seu martírio acontecido mais ou menos pelo ano 70, em Salamina, pelas mãos dos judeus da diáspora, que o teriam apedrejado.  

Pe. João Bosco Vieira Leite