Terça, 09 de junho de 2020

(1Rs 17,7-16; Sl 04; Mt 5,13-16) 

10ª Semana do Tempo Comum.

“Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! Vos que soubeste aliviar-me nos momentos de aflição, atendei-me por piedade e escutai minha oração! Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?” Sl 4,1-2

“O que faria você desistir de Deus? Se perdesse o emprego, você acha que se afastaria dele? E se seu melhor amigo decidisse viver uma vida sem Deus? Você o seguiria? Digamos que a economia quebre, e, de repente, você fique sem nada. Isso seria suficiente para fazê-lo desistir? Chegou em Israel o dia em que alguns do povo sentiram vontade de desistir. Eles estavam angustiados, pressionados contra a parede por uma seca ou por uma ameaça militar. Ninguém tinha uma solução. A despeito disso, ao que parecia, os cananeus, povo que vivia a dois montes de distância, estavam indo muito bem. Suas colheitas eram boas, e suas crianças estavam saudáveis. Quando se lhes perguntava o motivo, eles tinham uma resposta. O deus deles, Baal, era considerado o deus da fertilidade. Se os israelitas o adorassem, suas plantações, supunha-se, também estaria crescendo. No próximo dia de adoração, mais a mais israelitas estavam enchendo o os bancos da Primeira Igreja de Baal. As pessoas deixam o verdadeiro Deus, esperando fazer um negócio melhor com Baal. Ser um seguidor de Cristo não garante prosperidade ou uma vida sem sofrimento. Jesus advertiu que enfrentaríamos perseguição e rejeição por causa de nossa identificação com ele. Algumas pessoas ficam muito empolgadas quando o assunto é seguir a Jesus, até surgir uma pontinha daquela perseguição. Então elas se afastam – ou vão embora – e tentam encontrar um caminho mais fácil. As pessoas que se mantêm firmes durante os tempos difíceis são aquelas que aprenderam a invocar a Deus. Elas sabem que, mesmo antes de o invocarem, Deus já está agindo para dar-lhes alívio. As pessoas que sabem como Deus é fiel e cuidadoso podem se deitar e dormir em paz. Sua confiança não está nos investimentos que fizeram, nem em seu emprego, nem no governo. Sua segurança está no Senhor. Deus faz o que é certo – sempre, em todas as situações. Ele cumpre fielmente suas promessas. Mesmo em tempos difíceis, Deus está agindo para trazer proteção e ajuda àqueles que necessitam” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  

 

Santo do Dia:

São José de Anchieta, presbítero. Nascido a 19 de março de 1534, na Espanha. Era um jovem cheio de vida, inteligente, alegre por natureza, de coração aberto e amado por todos, brilhante nos estudos da Universidade de Coimbra, José de Anchieta, soube granjear a simpatia dos seus colegas, que gostavam de ouvi-lo recitar. Diante dele se abriam tantas estradas de sucesso. Mas, jovem de fé, estava atento às inspirações e moções de Deus que o atraía por outros caminhos. Buscava o silêncio, a solidão para orar. Um dia, entrando na catedral de Coimbra e, diante do altar da Virgem, sentindo uma grande paz, resolveu dedicar sua vida ao serviço de Deus e dos homens; fez voto de castidade, consagrando-se a Maria. Tinha, então, 17 anos. Profundamente impressionado com as cartas de S. Francisco Xavier, que contavam as carências de tantos povos e países do Oriente, e desejando seguir um tão eloquente exemplo, decidiu entrar para a Companhia de Jesus (Jesuítas). E assim, poucos anos depois, veio ao Brasil, aqui chegando a 24 de janeiro de 1554. Veio com o único objetivo de conduzir os homens a Cristo, transmitindo-lhes a vida de filhos de Deus, destinados à vida eterna. Veio sem exigir nada para si; pelo contrário, disposto a dar a sua vida por eles. Tornou-se exímio catequista e, a exemplo de Cristo, vivendo em meio aos demais, falava-lhes de maneira simples, adaptando-se às categorias mentais e aos seus costumes. Promoveu e desenvolveu as aldeias, cujo coração era sempre a Casa de Deus, onde se celebrava a Eucaristia e ali permanecia a presença sacramental. Padre Anchieta multiplicou-se incansavelmente através de tantas atividades, até mesmo do estudo da fauna e da flora, da medicina, da música e da literatura. Em meio à sua incansáveis atividades e contínuo sofrimento, jamais faltou a calma, serena e viril certeza alicerçada no Senhor, pela Eucaristia, e contínua entrega. É um dos fundadores da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro. Faleceu a 09 de junho de 1597, em Anchieta, Espírito Santo. Beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II e canonizado em 2014 pelo papa Francisco. É conhecido como o Apóstolo do Brasil, por ter sido um dos pioneiros na introdução do cristianismo no país. Em abril de 2015 foi declaro copadroeiro do Brasil na 53ª Assembleia Geral da CNBB.

 Pe. João Bosco Vieira Leite