Quarta, 17 de junho de 2020

(2Rs 2,1.6-14; Sl 30[31]; Mt 6,1-6.16-18) 

11ª Semana Comum.

“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens só para serdes vistos por eles.

Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” Mt 6,1.

“No centro do ‘ensinamento sobre a montanha’ encontra-se a questão propósito de um comportamento dos cristãos que corresponde deveras à natureza de Deus. As três instruções a respeito das tradicionais obras de piedade aludem à ‘dimensão interior’ do indivíduo. A tendência de base sai assim: diante de Deus, não se pode nem se deve representar nenhum papel por mais bem ensaiado que seja, pois Deus é ‘o Pai que vê no segredo’. Diante dele, só se mantém a veracidade absoluta do próprio ser pessoal, que se deve manifestar nas boas obras. A autenticidade do cristão, porém, está marcada pelo conhecimento do amor paternal de Deus, que deve ser correspondido amorosamente. Uma vez que, em contrapartida, a recompensa de tal amor de Deus só pode ser novamente o amor ilimitado do Pai, privam-se dessa recompensa os que pretendem ‘granjear’ o sucedâneo de uma recompensa ‘à moda de justificação pelas obras’ sob a forma de admiração e veneração humanas. O mesmo vale também para a loquacidade pagã, que procura obrigar a divindade a realizar seus próprios desejos” (Franz Zeilinger – Entre o Céu e a Terra – Paulinas).

 

Santo do Dia:

Santo Adolfo de Osnabrueck, bispo. Adolfo nasceu por volta de 1185, filho do conde Simão de Tecklenburg. Foi educado pelos monges do mosteiro de Camp, nas margens do Reno inferior. O exemplo dos monges cistercienses e a sua vida devotada a Deus exerceram uma forte impressão sobre o jovem filho do conde. Gostaria mesmo de ter entrado na Ordem e ter trabalhado e rezado qual irmão entre os monges confrades. Mas o pai se opôs; concordou, contudo, que o jovem estudasse teologia e, em seguida, recebesse a ordenação sacerdotal. Seus talentos logo se tornaram visíveis. Tornou-se cônego da Igreja Metropolitana de Colônia, permanecendo lá por algum tempo. Em 1216 foi chamado para assumir a sede episcopal de Osnabrueck. Segue um caminho de humildade, sentindo-se amigo e pai do que pastor de um rebanho. A sua casa estava sempre aberta para todo o povo que chegasse com um pedido ou uma preocupação.  Visitava os casebres de sua diocese. Faleceu no dia 11 de fevereiro de 1224. Seu corpo foi sepultado na catedral de Osnabrueck e exumado em 1651 sob o bispo Francisco Guilherme. A memória deste homem de benfazeja caridade, cheio de compreensão pelas necessidades dos pobres e doentes, ficou viva no povo durante todos estes séculos. É representado como bispo, de pé diante de um leproso, consolando-o.

 Pe. João Bosco Vieira Leite