(2Rs 2,1.6-14; Sl 30[31]; Mt 6,1-6.16-18)
11ª Semana Comum.
“Ficai atentos para
não praticar a vossa justiça na frente dos homens só para serdes vistos por
eles.
Caso contrário, não
recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” Mt 6,1.
“No centro do
‘ensinamento sobre a montanha’ encontra-se a questão propósito de um
comportamento dos cristãos que corresponde deveras à natureza de Deus. As três
instruções a respeito das tradicionais obras de piedade aludem à ‘dimensão
interior’ do indivíduo. A tendência de base sai assim: diante de Deus, não se
pode nem se deve representar nenhum papel por mais bem ensaiado que seja, pois
Deus é ‘o Pai que vê no segredo’. Diante dele, só se mantém a veracidade
absoluta do próprio ser pessoal, que se deve manifestar nas boas obras. A
autenticidade do cristão, porém, está marcada pelo conhecimento do amor
paternal de Deus, que deve ser correspondido amorosamente. Uma vez que, em contrapartida,
a recompensa de tal amor de Deus só pode ser novamente o amor ilimitado do Pai,
privam-se dessa recompensa os que pretendem ‘granjear’ o sucedâneo de uma
recompensa ‘à moda de justificação pelas obras’ sob a forma de admiração e
veneração humanas. O mesmo vale também para a loquacidade pagã, que procura
obrigar a divindade a realizar seus próprios desejos” (Franz
Zeilinger – Entre o Céu e a Terra – Paulinas).
Santo do Dia:
Santo Adolfo de
Osnabrueck, bispo. Adolfo nasceu por volta de 1185, filho do conde Simão de
Tecklenburg. Foi educado pelos monges do mosteiro de Camp, nas margens do Reno
inferior. O exemplo dos monges cistercienses e a sua vida devotada a Deus
exerceram uma forte impressão sobre o jovem filho do conde. Gostaria mesmo de ter
entrado na Ordem e ter trabalhado e rezado qual irmão entre os monges
confrades. Mas o pai se opôs; concordou, contudo, que o jovem estudasse
teologia e, em seguida, recebesse a ordenação sacerdotal. Seus talentos logo se
tornaram visíveis. Tornou-se cônego da Igreja Metropolitana de Colônia,
permanecendo lá por algum tempo. Em 1216 foi chamado para assumir a sede
episcopal de Osnabrueck. Segue um caminho de humildade, sentindo-se amigo e pai
do que pastor de um rebanho. A sua casa estava sempre aberta para todo o povo
que chegasse com um pedido ou uma preocupação. Visitava os casebres de
sua diocese. Faleceu no dia 11 de fevereiro de 1224. Seu corpo foi sepultado na
catedral de Osnabrueck e exumado em 1651 sob o bispo Francisco Guilherme. A
memória deste homem de benfazeja caridade, cheio de compreensão pelas
necessidades dos pobres e doentes, ficou viva no povo durante todos estes
séculos. É representado como bispo, de pé diante de um leproso, consolando-o.
Pe. João Bosco Vieira Leite