(Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 05; Mt 8,23-27)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Os homens ficaram
admirados e diziam: ‘Quem ´este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Mt 8,27.
“Um fato corriqueiro
– tempestade, medo. Uma companhia ilustre – Jesus. A pergunta: ‘Quem é
este...?’, carregada de admiração e espanto, era o início de uma experiência
inédita, pois mais tarde Pedro confessou: ‘Tu tens as palavras de vida eterna’
(Jo 6,68). Uma tempestade de qualquer natureza causa nos seres humanos receios,
medos e insegurança. Muitos fogem de suas dificuldades. Escondem-se ou tiram
suas vidas. Nem sempre é percebida a presença de Jesus. Ele ordena em sua graça
e muitas dificuldades são resolvidas ou, pelo menos, atenuadas. Pensemos nas
tempestades de ideias que assolam a humanidade. Uma filosofia que deveria estar
a serviço de Deus, às vezes, nega sua existência. Ser e ter qual é a diferença?
Quem é Jesus em relação a tantos outros deuses? Por que não relativizar a
verdade? As respostas não estão prontas ao gosto de cada um. É preciso viver
Deus a cada momento. É preciso ser um crítico inteligente que percebe nas
coisas simples um Deus único que está preocupado em valorizar e não explorar.
Mesmo em suas manifestações de poder não faz exigências. Apenas desejou atender
os pedidos de salvação: ‘levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; fez-se
grande bonança’. ‘Quem é este...’ que tudo fez por mim? Na cruz morreu e
perdoou-me de todos os pecados. Iluminou-me com os seus dons e me conservou na
fé verdadeira. A resposta é imediata: é Jesus que acalma todas as tempestades
de minha vida agitada e insegura! Nele podemos confiar! – Guia, ó
Cristo, a minha nau sobre o revoltoso mar, que tão enfurecido e mau quer
fazê-la naufragar. Vem, Jesus, oh! Vem guiar, minha nau vem pilotar. Amém” (Arnaldo
Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).
Sando do Dia:
Santos Protomártires
da Igreja de Roma. Como falamos ao comentar a solenidade de Pedro e Paulo, a
perseguição de Nero não só vitimou os apóstolos, mas, acusados do incêndio de
Roma, e para livrar-se da culpa que lhe imputavam, o louco imperador condenou
muitos cristãos a cruéis sacrifícios. Nero teve a responsabilidade de dar
início à essa hostilidade do povo romano aos cristãos, a ponto de serem
responsabilizados por toda espécie de calamidade pública e de todo flagelo.
Assim a liturgia inclui em seu calendário essa recordação de homens e mulheres
condenados pela loucura e intolerância do simples fato de serem cristãos logo
após a solenidade de Pedro e Paulo.
Pe. João Bosco Vieira Leite