Terça, 30 de junho de 2020

(Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 05; Mt 8,23-27) 

13ª Semana do Tempo Comum.

“Os homens ficaram admirados e diziam: ‘Quem ´este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”

Mt 8,27.

“Um fato corriqueiro – tempestade, medo. Uma companhia ilustre – Jesus. A pergunta: ‘Quem é este...?’, carregada de admiração e espanto, era o início de uma experiência inédita, pois mais tarde Pedro confessou: ‘Tu tens as palavras de vida eterna’ (Jo 6,68). Uma tempestade de qualquer natureza causa nos seres humanos receios, medos e insegurança. Muitos fogem de suas dificuldades. Escondem-se ou tiram suas vidas. Nem sempre é percebida a presença de Jesus. Ele ordena em sua graça e muitas dificuldades são resolvidas ou, pelo menos, atenuadas. Pensemos nas tempestades de ideias que assolam a humanidade. Uma filosofia que deveria estar a serviço de Deus, às vezes, nega sua existência. Ser e ter qual é a diferença? Quem é Jesus em relação a tantos outros deuses? Por que não relativizar a verdade? As respostas não estão prontas ao gosto de cada um. É preciso viver Deus a cada momento. É preciso ser um crítico inteligente que percebe nas coisas simples um Deus único que está preocupado em valorizar e não explorar. Mesmo em suas manifestações de poder não faz exigências. Apenas desejou atender os pedidos de salvação: ‘levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; fez-se grande bonança’. ‘Quem é este...’ que tudo fez por mim? Na cruz morreu e perdoou-me de todos os pecados. Iluminou-me com os seus dons e me conservou na fé verdadeira. A resposta é imediata: é Jesus que acalma todas as tempestades de minha vida agitada e insegura! Nele podemos confiar! – Guia, ó Cristo, a minha nau sobre o revoltoso mar, que tão enfurecido e mau quer fazê-la naufragar. Vem, Jesus, oh! Vem guiar, minha nau vem pilotar. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Sando do Dia:

Santos Protomártires da Igreja de Roma. Como falamos ao comentar a solenidade de Pedro e Paulo, a perseguição de Nero não só vitimou os apóstolos, mas, acusados do incêndio de Roma, e para livrar-se da culpa que lhe imputavam, o louco imperador condenou muitos cristãos a cruéis sacrifícios. Nero teve a responsabilidade de dar início à essa hostilidade do povo romano aos cristãos, a ponto de serem responsabilizados por toda espécie de calamidade pública e de todo flagelo. Assim a liturgia inclui em seu calendário essa recordação de homens e mulheres condenados pela loucura e intolerância do simples fato de serem cristãos logo após a solenidade de Pedro e Paulo.  

 Pe. João Bosco Vieira Leite