Quinta, 31 de agosto de 2017

(1Ts 3,7-13; Sl 89[90]; Mt 24,42-51) 
21ª Semana do Tempo Comum.

Com dissemos em nosso comentário anterior, entre as lamentações coletivas ou mesmo pessoais, podemos encontrar vários elementos em sua composição: invocação, lamentação, súplica, motivação, voto ou promessa de louvor. A sequência dessas partes não é sempre igual nem completa. De acordo com as múltiplas aflições materiais e espirituais, que constituem o motivo e o conteúdo das lamentações, isto é, calamidades gerais, como más colheitas, carestias, epidemias, guerra, inimigos, ou aflições suportadas pelo indivíduo, como doença, perseguição, zombaria, dúvidas ou o peso dos pecados, as lamentações revelam o quadro multicolor da vida pública e particular.

No reconhecimento do louvor de Paulo pela perseverança na caminhada e pelo crescimento na fé da comunidade de Tessalônica, a liturgia insere como resposta o salmo 90 (vv 3-4.12-14.17), atribuído a Moisés, reflete sobre a brevidade da vida humana, mas também uma oração por coragem e confiança no Senhor. “Em comparação com o caráter eterno e imutável de Deus, nossa vida parece pequena e insignificante. Deus nos leva à morte como se fôssemos grama (vv. 4-6). Para piorar a situação, os poucos dias de vida que temos estão cheios de problemas, tristeza e uma profunda consciência do pecado (vv. 7-10). Moisés orou: ‘Ensina-nos a contar os nosso dias’ (v. 12). Um amigo meu seguiu à risca a sugestão de Moisés alguns anos atrás. Ele descobriu quantos dias de vida lhe restavam se ele vivesse até os oitenta anos. Então, começou a escrever o número de dias restante na sua agenda – um dia menos de cada vez. Para algumas pessoas, isso era mórbido. Ele se deu conta de que isso o motivou a viver de forma mais corajosa. Deus usou essa ação para cultivar nele um coração de sabedoria, uma visão realista de como a vida realmente é curta e de quais deveriam ser nossas prioridades” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  

Pe. João Bosco Vieira Leite