Terça, 22 de agosto de 2017

(Is 9,1-6; Sl 112[113]; Lc 1,26-38) 
Nossa Senhora Rainha.

Ao entrarem na Palestina, as tribos de Israel pisaram uma terra de cultura antiga, onde se cruzaram a influência e herança dos grandes impérios do Eufrates e do Nilo, do mundo mediterrâneo pré-helênico e da Ásia Menor. Estou colocando esse dado para que sejamos cientes que essas formas estrangeiras deram um sentido novo as tradições de Israel e que estas repercutem na sua linguagem religiosa ou nos seus cânticos. O pequeno salmo 113 nos é apresentado nesta memória mariana quase em sua totalidade, omitindo-se apenas o versículo final. Um salmo de louvor que faz parte do culto anual da Páscoa. Os salmos 113-118 são conhecidos na tradição judaica como o ‘Hallel’ (Aleluia). No v. 5 vem a pergunta que aparece várias vezes na bíblia: ‘Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor que no alto céu tem seu trono...’, a resposta será sempre a mesma: nada se compara ao nosso Deus. Mesmo assim nos desdobramos em palavras, conceitos, comparações que nos ajudem a entendê-lo. “Por isso dizemos que Deus é como um pai amoroso, ou como um guerreiro poderoso. Às vezes, apontamos para as coisas que Deus fez para o descrevermos – Deus é o Criador, Deus é nosso Redentor. Essas comparações ajudam-nos a entender quem é Deus e como ele se parece, mas, no final, ele é como nada no universo” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). Talvez esse pensamento possa nos servir de meditação ou contemplação.

 Pe. João Bosco Vieira Leite