(Dt 4,32-40; Sl 76[77]; Mt 16,24-28)
18ª Semana do Tempo Comum.
Alguns salmos não aparecem na nossa
liturgia semanal ou mesmo dominical, uma forte linguagem anti-evangélica torna
sua leitura difícil, apesar de compreendermos a mentalidade da época. Alguns
salmos trazem um título, elementos antigos acrescentados aos salmos para
dar-nos algumas pistas sobre o autor, o instrumento que melhor permite a
execução, contexto histórico ou alguma descrição do salmo. O salmo de hoje é o
76(77),12-16. A liturgia casa esses versículos com o convite de Moisés para que
o povo ponha "a mão na consciência" é recorde o quanto Deus agiu em
favor deles. O melhor é voltar-se para Ele numa atitude de obediência e
observância de suas leis. Isso traz consigo grandes benefícios ao fiel. Esse é
apenas um aspecto do nosso salmo, que depois do lamento volta-se para uma
atitude de recordação. "Lembrar-se
da obra de Deus no passado não resolverá totalmente os problemas do presente,
mas é uma boa maneira de começar a mover-se na direção certa. Nós nos lembramos
daqueles tempos em que pensávamos que Deus havia se esquecido de nós ou estava
zangado conosco, e percebemos que, se na nossa avaliação naquela época estava,
pode ser que esteja errada na presente situação. Começamos a nos abrir para
tudo o que o Espírito Santo está tentando fazer em nós e por nós, e olhamos de
modo diferente para improvisam no qual nos encontramos. Nossa situação atual
torna-se mais uma oportunidade para que Deus demonstre sua fidelidade, seu
poder e sua bondade" (Douglas Connelly, Guia Fácil para entender
Salmos, Thomas Nelson Brasil). Quando nos sentirmos angustiados e aflitos,
recordemos o que Deus já fez em nossa vida. Ele não abandona uma obra começada.
Olhemos para trás e para cima, para sermos orientados nesse olhar para a
frente.
Pe. João
Bosco Vieira Leite