Sexta, 11 de agosto de 2017

(Dt 4,32-40; Sl 76[77]; Mt 16,24-28) 
18ª Semana do Tempo Comum. 

Alguns salmos não aparecem na nossa liturgia semanal ou mesmo dominical, uma forte linguagem anti-evangélica torna sua leitura difícil, apesar de compreendermos a mentalidade da época. Alguns salmos trazem um título, elementos antigos acrescentados aos salmos para dar-nos algumas pistas sobre o autor, o instrumento que melhor permite a execução, contexto histórico ou alguma descrição do salmo. O salmo de hoje é o 76(77),12-16. A liturgia casa esses versículos com o convite de Moisés para que o povo ponha "a mão na consciência" é recorde o quanto Deus agiu em favor deles. O melhor é voltar-se para Ele numa atitude de obediência e observância de suas leis. Isso traz consigo grandes benefícios ao fiel. Esse é apenas um aspecto do nosso salmo, que depois do lamento volta-se para uma atitude de recordação. "Lembrar-se da obra de Deus no passado não resolverá totalmente os problemas do presente, mas é uma boa maneira de começar a mover-se na direção certa. Nós nos lembramos daqueles tempos em que pensávamos que Deus havia se esquecido de nós ou estava zangado conosco, e percebemos que, se na nossa avaliação naquela época estava, pode ser que esteja errada na presente situação. Começamos a nos abrir para tudo o que o Espírito Santo está tentando fazer em nós e por nós, e olhamos de modo diferente para improvisam no qual nos encontramos. Nossa situação atual torna-se mais uma oportunidade para que Deus demonstre sua fidelidade, seu poder e sua bondade" (Douglas Connelly, Guia Fácil para entender Salmos, Thomas Nelson Brasil). Quando nos sentirmos angustiados e aflitos, recordemos o que Deus já fez em nossa vida. Ele não abandona uma obra começada. Olhemos para trás e para cima, para sermos orientados nesse olhar para a frente. 


Pe. João Bosco Vieira Leite