Terça, 08 de agosto de 2017

(Nm 12,1-13; Sl 50[51]; Mt 14,22-36) 
18ª Semana do Tempo Comum.

Os salmos foram originalmente cantados, mas não temos registros de tais melodias, apenas de alguns instrumentos que acompanhavam a execução dos mesmos. Hoje temos uma gama de melodias criadas para dar mais ênfase e beleza a esses textos bíblicos que nos ajudam a expressar nossos sentimentos a Deus e às pessoas que nos cercam. A música bem associada ao texto pode nos tocar de modo ainda mais profundo.

Como o clima entre Moisés e o povo estava ficando um pouco tenso, Deus resolve vir em defesa de Moisés e com um ‘castigo’/sinal repreende a atitude de alguns. O salmo 50 vem colocado como expressão desse lamento de quem reconhece a falta cometida e pede perdão. O texto não está na íntegra, segue até o v. 13, mas expressa bem os seus sentimentos. Aqui é Davi que pede perdão pelos pecados cometidos de cobiça, adultério, assassinato(...), mas paralelamente ao reconhecimento do seu pecado Davi nos fala da misericórdia, do seu amor inesgotável e da grande compaixão de Deus. Ele é aquele que lava, apaga e purifica nossas iniquidades. É preciso dar ‘nomes aos bois’ se quisermos ser sinceros com Ele e confiar no seu perdão: “Todos os pecados são perdoáveis, quando confessados e abandonados, mas alguns pecados carregam enormes ramificações [...] consequências terríveis, às vezes permanentes. Davi morreu odiando o dia em que foi para a cama com Bate-Seba por causa dos constantes conflitos e das consequências que resultaram desse pecado. Mas, lá em seu íntimo, ele sabia que o Deus de Israel o havia perdoado e lidado com ele com graça”  (Chuck Swindoll in Salmos, guia fácil para entender – Thomas Nelson Brasil).


Pe. João Bosco Vieira Leite