(Nm 12,1-13; Sl 50[51]; Mt 14,22-36)
18ª Semana do Tempo Comum.
Os salmos foram originalmente cantados,
mas não temos registros de tais melodias, apenas de alguns instrumentos que
acompanhavam a execução dos mesmos. Hoje temos uma gama de melodias criadas
para dar mais ênfase e beleza a esses textos bíblicos que nos ajudam a
expressar nossos sentimentos a Deus e às pessoas que nos cercam. A música bem
associada ao texto pode nos tocar de modo ainda mais profundo.
Como o clima entre Moisés e o povo
estava ficando um pouco tenso, Deus resolve vir em defesa de Moisés e com um
‘castigo’/sinal repreende a atitude de alguns. O salmo 50 vem colocado como
expressão desse lamento de quem reconhece a falta cometida e pede perdão. O
texto não está na íntegra, segue até o v. 13, mas expressa bem os seus
sentimentos. Aqui é Davi que pede perdão pelos pecados cometidos de cobiça,
adultério, assassinato(...), mas paralelamente ao reconhecimento do seu pecado
Davi nos fala da misericórdia, do seu amor inesgotável e da grande compaixão de
Deus. Ele é aquele que lava, apaga e purifica nossas iniquidades. É preciso dar
‘nomes aos bois’ se quisermos ser sinceros com Ele e confiar no seu
perdão: “Todos os pecados são perdoáveis, quando confessados e
abandonados, mas alguns pecados carregam enormes ramificações [...]
consequências terríveis, às vezes permanentes. Davi morreu odiando o dia em que
foi para a cama com Bate-Seba por causa dos constantes conflitos e das
consequências que resultaram desse pecado. Mas, lá em seu íntimo, ele sabia que
o Deus de Israel o havia perdoado e lidado com ele com graça” (Chuck
Swindoll in Salmos, guia fácil para entender – Thomas Nelson
Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite