Quinta, 03 de agosto de 2017

(Ex 40,16-21.34-38; Sl 83[84]; Mt 13,47-53) 
17ª Semana do Tempo Comum.

A saga de Moisés e do povo de Deus se conclui para nós sob esse olhar de uma experiência particular de um Deus que caminha com o seu povo guiando-nos no projeto de liberdade: “O Senhor pede para habitar no meio do povo, para continuar a ser o seu guia (fogo que ilumina) e o seu protetor (nuvem que cobre): é Ele que marca as etapas do caminho (v.36), indicando assim um futuro de vida e de liberdade, possível somente se as pessoas se colocam debaixo da Sua proteção e se entregam à Sua vontade” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus). Como comentamos no domingo, a parábola da rede de pesca parece repetir o tema já colocado na parábola do joio e do trigo, que distingue o tempo da história onde bons e maus convivem e o tempo do juízo final, onde haverá a separação com um fim trágico para os maus. Talvez aqui esteja uma tentativa de colocar na cabeça dos ouvintes a ideia de que, apesar da extraordinária misericórdia divina apresentada por Jesus, haverá um juízo final. A misericórdia divina não anula a distinção entre bem e mal. Coisas novas e velhas transitam no texto sagrado a quem tem um olhar atento e um coração aberto à novidade que é o próprio Jesus.


 Pe. João Bosco Vieira Leite