(Ex 40,16-21.34-38; Sl 83[84]; Mt 13,47-53)
17ª Semana do Tempo Comum.
A saga de Moisés e do povo de Deus se
conclui para nós sob esse olhar de uma experiência particular de um Deus que
caminha com o seu povo guiando-nos no projeto de liberdade: “O Senhor
pede para habitar no meio do povo, para continuar a ser o seu guia (fogo que
ilumina) e o seu protetor (nuvem que cobre): é Ele que marca as etapas do
caminho (v.36), indicando assim um futuro de vida e de liberdade, possível
somente se as pessoas se colocam debaixo da Sua proteção e se entregam à Sua
vontade” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus). Como comentamos no domingo, a parábola da rede de pesca parece repetir
o tema já colocado na parábola do joio e do trigo, que distingue o tempo da
história onde bons e maus convivem e o tempo do juízo final, onde haverá a
separação com um fim trágico para os maus. Talvez aqui esteja uma tentativa de
colocar na cabeça dos ouvintes a ideia de que, apesar da extraordinária
misericórdia divina apresentada por Jesus, haverá um juízo final. A
misericórdia divina não anula a distinção entre bem e mal. Coisas novas e
velhas transitam no texto sagrado a quem tem um olhar atento e um coração
aberto à novidade que é o próprio Jesus.
Pe. João Bosco Vieira Leite