Sexta, 18 de agosto de 2017

(Js 24,1-13; Sl 135[136]; Mt 19,3-12) 
19ª Semana do Tempo Comum.

É curioso que o nome ou título ‘Salmos’ dado a esse livro tem sua origem no Novo Testamento (Lc 20,42; 24,44; At 1,20; 13,33) quando da versão grega do Antigo Testamento que foi feita a partir do séc. III a.C. na diáspora judaica de Alexandria.  Na Bíblia Hebraica o livro dos salmos originalmente não trazia um título geral. Eles chamavam os salmos de Hinos ou Orações, não abrangendo toda a riqueza de cânticos nele contido. O salmo 136 une-se à memória feita por Josué diante do povo já nos primeiros passos de sua conquista da terra prometida. Aqui temos alguns versículos (vv. 1-3.16-18.21-22.24). Dar graças ao Senhor é reconhecer a sua grandeza dizendo sobre o que Ele mesmo nos revelou em sua Palavra e ao mesmo tempo agradecemos tão grandeza e bondade. Podemos dizer, dentro do espírito bíblico, que Ele se agrada desse tipo de adoração. No texto integral vemos uma espécie de refrão que provavelmente era a resposta do povo ao sacerdote ou líder do momento de louvor após o convite feito pelo mesmo. Nas diversas traduções bíblicas a verso de resposta ‘sofre’ várias versões: pois seu amor é fim; eterna é a sua misericórdia; seu amor nunca acaba; sua fidelidade é para sempre etc. “As palavras ‘o seu amor dura para sempre’ parecem uma verdade simples, redigida em palavras simples. Mas, quando o servo de Deus aprende essas palavras pela repetição, e a verdade delas é experimentada vez após vez, tanto em bênção quanto em problemas, ela acha que, em tempo de uma necessidade real, essa é uma afirmação fascinante que não pode ser repetida com tanta frequência” – Michel Wilcook (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).


 Pe. João Bosco Vieira Leite