Sexta, 04 de agosto de 2017

(Lv 23,1.4-11.15-16.27.34-37; Sl 80[81]; Mt 13,54-58) 
17ª Semana do Tempo Comum.

Dois trechos do Livro do Levítico nos são apresentados nessa semana. É o chamado livro dos levitas ou sacerdotes surgido no tempo do exílio da Babilônia (sec. VI a.C.). Os textos dizem respeito às prescrições litúrgicas e sagradas que se formaram ao longo da história do povo, atribuídas a Moisés para um maior peso em sua autoridade. O nosso texto menciona as festas hebraicas mais importantes: a Páscoa, os Ázimos e a Festa das Tendas. Nossas festas cristãs bebem dessa fonte em seu caráter religioso-comunitário: “A festa hebraico-cristã não é tal porque aos ingredientes tradicionais do repouso, da alegria, do encontro comunitário se acrescenta o momento celebrativo cultual, mas porque todos estes elementos são vividos numa perspectiva religiosa e comunitária: é Deus que ‘convoca’ e torna possível a festa como tempo de libertação e de liberdade, de comunhão divina e humana; tempo através do qual o Senhor subtrai o homem aos limites da sua atuação material e econômica, para o tornar participante da Sua própria atuação gratuita e salvífica. Cada dia de repouso, de fato, tem um valor: por um lado recorda ao homem que não é ele, mas Deus quem faz avançar o mundo e, ao mesmo tempo, recorda-lhe que ele não é já escravo e pode interromper o trabalho quotidiano, porque Deus o libertou” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus). O evangelho nos lembra de como facilmente o preconceito pode botar por terra não só a possibilidade de acolher o outro, mas até mesmo o que Deus nos recomenda como um bem.

 Pe. João Bosco Vieira Leite