Sábado, 26 de agosto de 2017

(Rt 2,1-3.8-11; 4,13-17; Sl 127[128]; Mt 23,1-12) 
20ª Semana do Tempo Comum.

No saltério nós encontramos três gêneros literários mais constantes: o hino, a lamentação e ação de graças. Este último gênero é aparentado com os dois anteriores pelo conteúdo e pela forma, e com muita frequência ocorre em conexão com a lamentação.  Veremos um pouco de cada gênero nos comentários seguintes. Do breve salmo 128, nossa liturgia omite só o v. 6. A liturgia tenta casar a fidelidade a Deus por parte de Noemi com o filho gerado pela sua nora Rute, dando-lhe uma descendência. Seu autor é desconhecido. Esse salmo era usado como canto de peregrinação. Traz em si um olhar sobre a bênção de Deus que acontece nas coisas que fazem parte do nosso dia a dia, o trabalho, a família, um sereno olhar sobre as coisas da vida. É um salmo de sabedoria, pois nos diz como as coisas normalmente funcionam. O salmo começa dizendo que é feliz aquele que teme o Senhor. “O temor do Senhor não significa termos medo dele ou nos acovardarmos em um canto quando ouvirmos ele se aproximar. O temor de Deus é, em vez disso, uma atitude de confiança no Deus que nos ama e um compromisso com ele, e é expresso em nosso desejo de viver de acordo com sua Palavra” Walter Kaiser (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).


Pe. João Bosco Vieira Leite