(Dt 6,4-13; Sl 17[18]; Mt 17,14-20)
18ª Semana do Tempo Comum.
Certamente você já recebeu ou leu algum
panfleto que traz uma seleção de salmos para determinadas situações, como uma
espécie de ajuda para localizar o salmo ideal. Esse tipo de ajuda revela os
vários tipos ou estilos de salmos que nos são oferecidos nessa coletânea:
salmos de louvor, de desespero, de vitória, de confiança... Cada salmo vem ao
nosso encontro num dado momento da nossa vida. Pode soar estranho ou
indiferente o salmo que você está lendo ou escutando hoje, mas um dia você
perceberá que determinado salmo bem que descreve seu sentimento naquela
situação ou momento existencial. Ele pode ajudar a descrever seus sentimentos a
Deus. No original hebraico, o livro dos salmos traz o título de
"louvores". Nem todo salmo lhe conduzirá nessa atitude, mas o
objetivo dessa coletânea é exaltar a Deus em qualquer circunstância da vida. O
salmo de hoje é muito conhecido pela expressão apaixonada com que Davi se volta
em agradecimento a Deus pela vitória alcançada (e foram muitas). A liturgia
selecionou alguns versículos para nós (2-4; 47-48.51) para expressar o porquê que
o povo deve ter sempre presente tudo que Deus fez em seu favor. "As primeiras palavras de Davi, seu grito
antes do cântico começar, eram palavras de amor a Deus. Na verdade, a palavra
hebraica que Davi usou não é a palavra comum para amor. A palavra usada
significa um amor ansioso, ardente, um amor que abraça alguém. Davi queria
estender os braços , colocá-los em torno de Deus e segurá-lo. Você já sentiu
todo esse amor pelo Senhor - tão movido por gratidão e adoração a ponto de
querer simplesmente colocar os braços em volta de Jesus e abraçá-lo? Da próxima
vez que seu coração for movido de profundo amor a Deus, faça o que Davi fez.
Ele proferiu palavras que expressavam os sentimentos de seu coração - 'Eu te
amo, ó Senhor' - aí então, quem sabe, talvez Davi tenha alcançado o Senhor em
seu abraço" (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos -
Thomas Nelson Brasil). Provavelmente foi esse o sentimento desse pai que
alcança a libertação do filho; pena que o evangelho não nos descreva sua
gratidão.
Pe. João Bosco Vieira Leite