Sábado, 12 de agosto de 2017

(Dt 6,4-13; Sl 17[18]; Mt 17,14-20) 
18ª Semana do Tempo Comum. 

Certamente você já recebeu ou leu algum panfleto que traz uma seleção de salmos para determinadas situações, como uma espécie de ajuda para localizar o salmo ideal. Esse tipo de ajuda revela os vários tipos ou estilos de salmos que nos são oferecidos nessa coletânea: salmos de louvor, de desespero, de vitória, de confiança... Cada salmo vem ao nosso encontro num dado momento da nossa vida. Pode soar estranho ou indiferente o salmo que você está lendo ou escutando hoje, mas um dia você perceberá que determinado salmo bem que descreve seu sentimento naquela situação ou momento existencial. Ele pode ajudar a descrever seus sentimentos a Deus. No original hebraico, o livro dos salmos traz o título de "louvores". Nem todo salmo lhe conduzirá nessa atitude, mas o objetivo dessa coletânea é exaltar a Deus em qualquer circunstância da vida. O salmo de hoje é muito conhecido pela expressão apaixonada com que Davi se volta em agradecimento a Deus pela vitória alcançada (e foram muitas). A liturgia selecionou alguns versículos para nós (2-4; 47-48.51) para expressar o porquê que o povo deve ter sempre presente tudo que Deus fez em seu favor. "As primeiras palavras de Davi, seu grito antes do cântico começar, eram palavras de amor a Deus. Na verdade, a palavra hebraica que Davi usou não é a palavra comum para amor. A palavra usada significa um amor ansioso, ardente, um amor que abraça alguém. Davi queria estender os braços , colocá-los em torno de Deus e segurá-lo. Você já sentiu todo esse amor pelo Senhor - tão movido por gratidão e adoração a ponto de querer simplesmente colocar os braços em volta de Jesus e abraçá-lo? Da próxima vez que seu coração for movido de profundo amor a Deus, faça o que Davi fez. Ele proferiu palavras que expressavam os sentimentos de seu coração - 'Eu te amo, ó Senhor' - aí então, quem sabe, talvez Davi tenha alcançado o Senhor em seu abraço" (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). Provavelmente foi esse o sentimento desse pai que alcança a libertação do filho; pena que o evangelho não nos descreva sua gratidão. 


Pe. João Bosco Vieira Leite