Segunda, 21 de agosto de 2017

(Jz 2,11-19; Sl 105[106]; Mt 19,16-22)
20ª Semana do Tempo Comum.

O Saltério foi chamado de ‘livro de cânticos da comunidade judaica’. Há uma certa razão para isso, pois no próprio Saltério encontram-se diversas indicações referentes ao uso litúrgico dos salmos no culto do Templo e especialmente da sinagoga no judaísmo tardio. Você pode verificar em sua bíblia que os títulos de alguns salmos mencionam as ocasiões para os quais o respectivo salmo servia. O salmo 106 soa como uma advertência ao povo pelas vezes que Israel havia esquecido ou desobedecido a Deus no passado. Desse longo salmo a liturgia nos oferece os vv. 34-37.39-40.43-44 para servir de ressonância ao texto dos Juízes que nos é oferecido como 1ª leitura sobre os extravios de Israel na terra prometida e das tantas vezes que Deus teve que solicitar a intervenção de alguém (juiz). Já encontramos com esse salmo no dia 9 de agosto. Não se pode precisar a sua data. Os versículos que nos são oferecidos interpreta que a desobediência ao mandamento de Deus é a causa de conseguirem derrotar os habitantes do país. Mas é sempre o Deus gracioso que, recordando sua Aliança, volta a ter compaixão do seu povo e atende os seus pedidos. A fidelidade exigida por Jesus a quem quer segui-lo vai além dos mandamentos (evangelho). É preciso um despojamento tal que só podemos confiar em sua providência e misericórdia. Talvez possamos fazer uma revisão de nossa caminhada e dos momentos que ‘traímos’ o nosso seguimento.


Pe. João Bosco Vieira Leite