(2Cor 10,17—11,2; Sl 148; Mt 13,44-46)
Santa Rosa de Lima.
Como os salmos do Antigo Testamento
dependem dos gêneros da poesia cúltica do antigo Oriente quanto à sua forma,
será necessário tomar estes como base de comparação, pois só sobre este fundo
será possível identificar na sua essência as tradições próprias de Israel e verificar
até que ponto essas influenciaram o caráter dos salmos, não só quanto ao
conteúdo, mas também quanto à forma. Isso certamente é um dado para os
estudiosos, para nós uma informação. O salmo 148 nasce com a expressão poética
de quem vê na natureza uma oportunidade para louvar o Senhor, se bem que nosso
texto omite parte desse louvor, se restringindo aos vv. 1-2.11-14. Ele convida
toda a criação ao louvor. Nós cristãos podemos toma-lo como canto de
louvor a Jesus Cristo, que estava com o Pai na criação do mundo e que foi
elevado acima de todas as criaturas, nos lembra Paulo. “Tantas vezes recorremos
a Deus apenas quando estamos necessitados. Quase sempre, para nós, ele não
passa de um instrumento ou ferramenta subserviente aos nossos desejos e usado para
atingir algum desígnio egoísta. É claro que Deus é nossa fonte, nossa salvação,
nosso sustento. Mas ele deve, em primeiro lugar e fundamentalmente, ser visto
como alguém totalmente belo em si mesmo, digno de todo louvor, toda glória e
toda honra, ainda que não nos beneficiemos com sua bondade” Samuel Storms
(Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas
Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite