Quarta, 23 de agosto de 2017

(2Cor 10,17—11,2; Sl 148; Mt 13,44-46) 
Santa Rosa de Lima.

Como os salmos do Antigo Testamento dependem dos gêneros da poesia cúltica do antigo Oriente quanto à sua forma, será necessário tomar estes como base de comparação, pois só sobre este fundo será possível identificar na sua essência as tradições próprias de Israel e verificar até que ponto essas influenciaram o caráter dos salmos, não só quanto ao conteúdo, mas também quanto à forma. Isso certamente é um dado para os estudiosos, para nós uma informação. O salmo 148 nasce com a expressão poética de quem vê na natureza uma oportunidade para louvar o Senhor, se bem que nosso texto omite parte desse louvor, se restringindo aos vv. 1-2.11-14. Ele convida toda a criação ao louvor. Nós cristãos podemos toma-lo como canto de louvor a Jesus Cristo, que estava com o Pai na criação do mundo e que foi elevado acima de todas as criaturas, nos lembra Paulo. “Tantas vezes recorremos a Deus apenas quando estamos necessitados. Quase sempre, para nós, ele não passa de um instrumento ou ferramenta subserviente aos nossos desejos e usado para atingir algum desígnio egoísta. É claro que Deus é nossa fonte, nossa salvação, nosso sustento. Mas ele deve, em primeiro lugar e fundamentalmente, ser visto como alguém totalmente belo em si mesmo, digno de todo louvor, toda glória e toda honra, ainda que não nos beneficiemos com sua bondade” Samuel Storms (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).


Pe. João Bosco Vieira Leite