Sábado, 19 de agosto de 2017

(Js 24,14-29; Sl 15[16]; Mt 19,13-15) 
19ª Semana do Tempo Comum.

Um problema para quem deseja estudar mais atentamente os salmos, como havia dito anteriormente, é saber que existe uma série de salmos que não foram incluídos no Saltério, por exemplo: Ex 15,1-18; 1Sm 2,1-10; Is 38,10-20; Jn 2,3-10, e também se encontram em outros livros não elencados na Bíblia. De modo geral o livro dos Salmos compreende 150 salmos. Alguns manuscritos trazem um salmo 151 que não faz parte da coleção. Alguns salmos se repetem, como o Sl 19 e Sl 27; um mesmo salmo pode ser dividido em dois como o caso do Sl 9 e Sl 10; 42 e 43. Estas e outras situações veremos em nossa apresentação desses cânticos. O salmo 16 é atribuído a Davi, quando se encontrava numa situação de perigo. Originalmente ele traduz confiança na certeza de que Deus o livrará dessa situação. Temos apenas alguns versículos desse salmo, que não é muito longo. Aqui ele endossa a resposta do povo na conclusão do discurso de Josué sobre manter-se fiel a Deus em sua escolha. Assim Josué morre em paz em nossa narrativa. Certamente a oração de Davi traz essa afirmação de confiança e pedido de refúgio diante das situações de perseguição que sofreu antes de tornar-se rei de Israel. A confiança do salmista ultrapassa a proteção somente para essa vida, pois Deus não o abandonará às mãos da morte. Assim o salmista antecipa a confiança de Jesus em que o Pai o assistirá em todos os momentos. Podemos rezar também com esse espírito.  


Pe. João Bosco Vieira Leite