(Dt 31,1-8; Sl Dt 32; Mt 18,1-5.10.12-14)
19ª Semana do Tempo Comum.
Além dos salmos que estão colecionados
no saltério, temos outros salmos e Cânticos espalhados ao longo dos escritos de
Antigo Testamento, como este que hoje a liturgia nos oferece, um pequeno
trecho, do Cântico em honra do Rochedo de Israel, pronunciado pelo próprio
Moisés antes de morrer num delicado e artístico reconhecimento da ação de Deus
em favor do seu povo que está para entrar na terra prometida. Recomendo a
leitura de todo o capítulo 32 para captarmos toda a beleza do texto: “O
‘cântico de Moisés’, composto e recitado às margens do Jordão, compõem um
díptico com aquele cantado junto ao mar Vermelho, só pela sua posição, depois
de sair e antes de entrar. Na forma e no conteúdo, é bem diverso. Poema de
grande originalidade e fôlego, no qual confluem e se fundem elementos variados,
ricos em imagens e linguagem seleta. [...] Para orientar a leitura, podemos
propor uma visão global simplificada: numa grande querela do Senhor com o seu
povo, projeta castiga-lo e acabar com ele; mas, antes de ditar sentença, pensa
que o executor estrangeiro seja mais culpado, volta-se contra ele e salva seu
povo. Em outras ocasiões se interpôs a intercessão de Moisés; aqui tudo se
resolve no interior misterioso de Deus” (Bíblia do Peregrino –
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite