Terça, 15 de agosto de 2017

(Dt 31,1-8; Sl Dt 32; Mt 18,1-5.10.12-14) 
19ª Semana do Tempo Comum.

Além dos salmos que estão colecionados no saltério, temos outros salmos e Cânticos espalhados ao longo dos escritos de Antigo Testamento, como este que hoje a liturgia nos oferece, um pequeno trecho, do Cântico em honra do Rochedo de Israel, pronunciado pelo próprio Moisés antes de morrer num delicado e artístico reconhecimento da ação de Deus em favor do seu povo que está para entrar na terra prometida. Recomendo a leitura de todo o capítulo 32 para captarmos toda a beleza do texto: “O ‘cântico de Moisés’, composto e recitado às margens do Jordão, compõem um díptico com aquele cantado junto ao mar Vermelho, só pela sua posição, depois de sair e antes de entrar. Na forma e no conteúdo, é bem diverso. Poema de grande originalidade e fôlego, no qual confluem e se fundem elementos variados, ricos em imagens e linguagem seleta. [...] Para orientar a leitura, podemos propor uma visão global simplificada: numa grande querela do Senhor com o seu povo, projeta castiga-lo e acabar com ele; mas, antes de ditar sentença, pensa que o executor estrangeiro seja mais culpado, volta-se contra ele e salva seu povo. Em outras ocasiões se interpôs a intercessão de Moisés; aqui tudo se resolve no interior misterioso de Deus” (Bíblia do Peregrino – Paulus). 


Pe. João Bosco Vieira Leite