Segunda, 01 de julho de 2024

(Am 2,6-10.13-16; Sl 49[50]; Mt 8,18-22) 13ª Semana do Tempo Comum.

“Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: ‘Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás’” Mt 8,19.

“Neste evangelho são-nos propostos dois modelos, duas disposições no seguimento de Jesus. São dois discípulos, ou dois pretensos discípulos de Jesus, que, cativados pelas palavras, querem acompanhar o Mestre, querem imitar seu modo de ser e de viver, dedicar-se, como ele, à propagação do Reino de Deus entre os povos. O primeiro pretendente demonstra uma disposição única que se depreende de suas próprias palavras: ‘Seguir-te-ei para onde quer que fores’ (v. 19). Sua expressão é perfeita, sem enfraquecimento, sem escusas, sem timidez; atitude nobre e generosa. O que o motivou a tomar esta resolução? Antes de mais nada, o chamado interno do Senhor, talvez explicitado com aquela palavra: ‘Segue-me’. Também nós escutamos um dia esse mesmo chamado do Senhor: foi Deus quem nos escolheu para este modo concreto de ser e de viver, de conformidade com a vida do Senhor Jesus. A iniciativa quem a tomou foi Deus, ainda que nós não o tenhamos notado; mas agora que estamos iluminados pela fé, sabemos assim foi e devemos prostar-nos diante da infinita bondade de nosso Deus, que nos ‘escolheu e nos predestinou’, para tornar efetivo o seu Reino no mundo. E nós respondemos da mesma maneira como o fez aquele discípulo, aquele escriba: ‘Seguir-te-ei para onde quer que fores’ (v. 19). E vamos seguindo-o, com maior ou menor fidelidade: mas continuamos seguindo-o. A fim de conseguir um seguimento mais fiel, será conveniente que reflitamos sobre as condições que o Senhor exige. Assim o demonstra ao escriba: talvez ele tenha-se deixado levar somente pelo entusiasmo; mas não pensou suficientemente nas condições duras que o seguimento do Senhor exige. O Senhor as manifesta e as expõe com o exemplo dos animais: as raposas e os pássaros, que apesar de serem tão nômades, encontram seus lugares de repouso e descanso. Porém o seguidor de Cristo, da mesma forma que o Mestre, sabe que não tem onde reclinar-se, isto é, não deverá ter momento de repouso, não deverá dar a si próprio repouso, pois essa é sua missão, como apóstolo, ir e vir a todas as partes levando a boa nova da Salvação” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite