Terça, 04 de junho de 2024

(2Pd 3,12-15.17-18; Sl 89[90]; Mc 12,13-17) 9ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus disse: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’.

E eles ficaram admirados com Jesus” Mc 12,17.

“Não se deve interpretar este texto bíblico como significando que o mundo da política e da religião sejam esferas separadas cada uma com seus princípios incompatíveis e mesmo opostos. Podemos falar da autonomia dos valores temporais, porém nunca de oposição dos mesmos às exigências do Reino de Deus. Porém tudo deve ser orientado para o Reino de Deus; o cristão não pode estabelecer uma norma para o eterno e outra para o temporal. O Concílio adverte claramente e com severidade: ‘Porém se autonomia do temporal quer dizer que a realidade criada é independente de Deus e que os homens podem usá-la sem referência ao Criador, não existe crente algum que não descubra a falsidade envolvida em tais palavras’. O homem forma e integra em si uma só pessoa, um só eu, que é aquele que é chamado para o Reino de Deus e para construir esse Reino de justiça, de amor e de paz no tempo, como sinal de eternidade – Vivência: Vou esforçar-me por fugir do perigo de pensar que só posso ir a Deus por meio das coisas estritamente espirituais. Antes, porei muito mais todo o meu cuidado em espiritualizar as coisas passageiras, temporais e de ordem material, não destruindo a natureza delas como tais, mas injetando-lhes a orientação do Senhor Jesus” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite