(2Pd 3,12-15.17-18; Sl 89[90]; Mc 12,13-17) 9ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus disse: ‘Dai,
pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’.
E eles ficaram admirados com
Jesus” Mc
12,17.
“Não se deve interpretar
este texto bíblico como significando que o mundo da política e da religião
sejam esferas separadas cada uma com seus princípios incompatíveis e mesmo
opostos. Podemos falar da autonomia dos valores temporais, porém nunca de oposição
dos mesmos às exigências do Reino de Deus. Porém tudo deve ser orientado para o
Reino de Deus; o cristão não pode estabelecer uma norma para o eterno e outra
para o temporal. O Concílio adverte claramente e com severidade: ‘Porém se
autonomia do temporal quer dizer que a realidade criada é independente de Deus
e que os homens podem usá-la sem referência ao Criador, não existe crente algum
que não descubra a falsidade envolvida em tais palavras’. O homem forma e
integra em si uma só pessoa, um só eu, que é aquele que é chamado para o Reino
de Deus e para construir esse Reino de justiça, de amor e de paz no tempo, como
sinal de eternidade – Vivência: Vou esforçar-me por fugir do perigo
de pensar que só posso ir a Deus por meio das coisas estritamente espirituais.
Antes, porei muito mais todo o meu cuidado em espiritualizar as coisas
passageiras, temporais e de ordem material, não destruindo a natureza delas
como tais, mas injetando-lhes a orientação do Senhor Jesus” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira
Leite