Terça, 02 de julho de 2024

(Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 5; Mt 8,23-27) 13ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?’” Mt 8,26a.

“A experiência de estar num barco, em meio a uma forte tempestade, serviu para testar a profundidade da fé dos discípulos. Essa fé revelou-se ainda muito pequena, como declarou Jesus. A presença serena do Senhor, dormindo tranquilo, mesmo estando a barca a ponto de ser engolida pelas ondas, não foi bastante para criar no coração dos discípulos, a certeza de que não afundariam. No desespero, acordaram o Mestre, suplicando-lhe que os livrasse da morte iminente. Jesus os censurou por terem demonstrado uma fé tão mesquinha. O barco em meio à tormenta retratava a vida das primitivas comunidades cristãs. Elas corriam o risco de serem tragadas pelas ondas das perseguições e dificuldades que surgiam em toda parte. A primeira reação dos cristãos era a de desespero, pensando que estava tudo perdido e que não seriam capazes de superar aquela situação. Entretanto, essas comunidades não se davam conta da presença discreta, mas efetiva, do Senhor no meio delas. O Ressuscitado não havia deixado os seus entregues à própria sorte. Pelo contrário, estava aí, participando da sorte das comunidades, e garantindo-lhes a sobrevivência. Jamais as pressões dos inimigos e perseguidores seriam suficientemente fortes para fazê-las desaparecer. O medo não se justificava. O Mestre continuava presente em cada comunidade. – Senhor Jesus, nos momentos de dificuldade, que eu saiba reconhecer tua presença discreta junto de mim, a dar-me coragem e alento (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite