(Am 3,1-8; 4,11-12; Sl 5; Mt 8,23-27) 13ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus
respondeu: ‘Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?’” Mt 8,26a.
“A
experiência de estar num barco, em meio a uma forte tempestade, serviu para
testar a profundidade da fé dos discípulos. Essa fé revelou-se ainda muito
pequena, como declarou Jesus. A presença serena do Senhor, dormindo tranquilo,
mesmo estando a barca a ponto de ser engolida pelas ondas, não foi bastante
para criar no coração dos discípulos, a certeza de que não afundariam. No
desespero, acordaram o Mestre, suplicando-lhe que os livrasse da morte
iminente. Jesus os censurou por terem demonstrado uma fé tão mesquinha. O barco
em meio à tormenta retratava a vida das primitivas comunidades cristãs. Elas
corriam o risco de serem tragadas pelas ondas das perseguições e dificuldades
que surgiam em toda parte. A primeira reação dos cristãos era a de desespero,
pensando que estava tudo perdido e que não seriam capazes de superar aquela
situação. Entretanto, essas comunidades não se davam conta da presença
discreta, mas efetiva, do Senhor no meio delas. O Ressuscitado não havia
deixado os seus entregues à própria sorte. Pelo contrário, estava aí,
participando da sorte das comunidades, e garantindo-lhes a sobrevivência.
Jamais as pressões dos inimigos e perseguidores seriam suficientemente fortes
para fazê-las desaparecer. O medo não se justificava. O Mestre continuava
presente em cada comunidade. – Senhor Jesus, nos momentos de dificuldade,
que eu saiba reconhecer tua presença discreta junto de mim, a dar-me coragem e
alento” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite